Educandário usado em série da Globo é acusado de corrupção

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Palacete onde ficava o Educandário Romão de Mattos Duarte. Foto: Reprodução/Google Maps

Dezenas de pessoas se reuniram em um manifesto em frente ao palacete onde funcionava o Educandário Romão de Mattos Duarte, no Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro. O ato ocorreu na terça-feira (16).

A instituição, pertencente à Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, abrigava até 20 crianças órfãs menores de 8 anos. O local, no entanto, está tendo as atividades encerradas desde novembro de 2020, por pedido do próprio educandário, que alegou falta de verba.

No entanto, os manifestantes, que incluem ex-internos e funcionários do abrigo, afirmaram que a instituição nunca deixou de receber doações. Eles também acusaram a atual gestora da unidade, Maria Regina, de desviar os recursos.

Além das doações, o palacete chegou a ser alugado pela Rede Globo, que gravou uma das temporadas da série Sob Pressão no local. Mesmo com a verba, funcionários reclamaram de atraso nos salários que vão desde 2014.

– Essa senhora [Maria Regina], sabendo que havia esta manifestação, deu férias coletivas para seus funcionários. Como vai dar férias coletivas sem dar dinheiro para os funcionários? É desumano – apontou em um megafone o ex-interno da instituição, Otávio de Paula.

Funcionários da Santa Casa que moram no mesmo lote onde fica o palacete do Romão Duarte, em conjunto com funcionários e ex-internos da Instituição, impetraram uma ação contra a gestão do Educandário no Ministério Público.

As denúncias foram feitas em dezembro de 2021, mas estavam paradas. Após a manifestação, porém, policiais civis foram ao local para entregar as primeiras intimações referentes à ação.

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