Efraim Filho rebate fala do governador João Azevedo sobre uso polititico no protesto realizado por polícias
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O senador Efraim Filho (União Brasil) rebateu com veemência a fala do governador João Azevedo (PSB) que criticou a presença de “políticos da oposição” no protesto realizado por polícias na sexta-feira (14), em João Pessoa, e ainda os acusou de “nunca” destinarem recursos para a segurança pública do estado.
“A bancada federal de oposição da Paraíba destinou mais de R$ 20 milhões para a segurança pública da Paraíba. Só o meu mandato destinou cerca de R$10 milhões. O deputado Cabo Gilberto destinou outros R$ 10 milhões além de recursos destinados também pelo Senador Veneziano. Quer dizer, é desinformação, fake news ou incompetência do governo?, pergunta Efraim.
O senador Efraim Filho destaca que, já em 2019, destinou R$ 6,1 milhões para a construção do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) na cidade de João Pessoa. Acrescenta que, em 2020, aprovou recursos, no valor de R$ 2,3 milhões, que contribuíram para a aquisição de armamentos, munições e um simulador de tiro, importante equipamento para treinamento e modernização operacional da Polícia Militar e essencial na formação dos novos aprovados para integrar a polícia paraibana.
“Em 2024 também aprovamos R$ 1 milhão que será aplicado na construção da sede do Corpo de Bombeiros em João Pessoa, e mantenho meu compromisso com a segurança pública”, afirma Efraim.
Para o senador, “João Azevedo quer as polícias isoladas, desassistidas e sem suporte nas suas reivindicações”.
“O governador critica a oposição que se solidariza, dá a cara e bota o pé no chão para apoiar a nossa polícia paraibana. É uma verdadeira inversão de valores”, afirma o senador.
Segundo as entidades de Segurança Pública, a Paraíba paga um dos piores salários do país e, somente na Polícia Civil, há um déficit superior a 5 mil servidores.
“O mais curioso é que o governo faz questão de dizer, todos os dias, que há pleno equilíbrio financeiro e fiscal nas contas do estado. Por que, então, não anuncia uma proposta que possa ir além dos 5% de aumento oferecido aos servidores da segurança pública?”, pergunta Efraim.
No momento em que a segurança pública é a maior preocupação dos brasileiros, tendo em vista a violência, número de assaltos e outros crimes que rondam as cidades, inclusive e principalmente, as cidades do estado da Paraíba, a ameaça de uma greve preocupa a todos.
Os policiais sustentam que a Paraíba “não paga sequer a média dos estados do Nordeste” e que “para tentar ter um salário digno é preciso sacrificar a vida em família”, conforme explica um policial:
“Para complementar o salário, a gente tem que fazer mais de 8 plantões extras, fora da agenda de trabalho. E isso prejudica a vida familiar, ou seja, pra colocar o pão dentro da casa, a gente tem que trabalhar o mês todo fora. Além da jornada, é preciso dar de 8 a 10 plantões de 24 horas”, diz.
“Enquanto isso a violência urbana cresce, a sociedade se tranca amedrontada e o governador se nega a pagar um salário digno para os servidores da segurança pública”, conclui Efraim.