Em conversas grampeadas, Robinho se eximiu de culpa após assumir sexo com vítima de estupro coletivo; ouça áudios
Condenado em todas as instâncias da Justiça italiana por estupro coletivo, o ex-jogador Robinho teve novos áudios divulgados. Nas conversas com amigos, ele admite que fez sexo com a vítima em 2013, diferente do que alegou inicialmente nas investigações.
Aviso: o conteúdo abaixo contém linguagem forte e relatos de abuso sexual. Pode servir como gatilho.
“Minha preocupação era só essa, de ter câmera lá. Porque aí a câmera não ia filmar eu comendo a mina, a mina chupando meu p*, nem o teu. Se não ia f*der todo mundo, que a mina chupou o teu, chupou o meu”, afirmou Robinho.
Os diálogos foram divulgados pelo UOL Esporte no podcast “UOL Esporte Histórias”. O material mostra como o ex-jogador apresentava divergências no discurso. Para os amigos, admitia ter tido relações sexuais. Para a Justiça, negava qualquer tipo de envolvimento com a mulher albanesa.
Amigo comenta estado etílico da vítima
Há também um registro de Robinho em conversas com o amigo brasileiro Ricardo Falco, também condenado em todas as instâncias. O colega comentou sobre o estado etílico da garota.
“Acho que naquele dia ela não tava nem se dando conta de nada. Ela estava fora de si mesmo”, disse.
Robinho tentou culpar amigos no Brasil
A garota identificou outros quatro homens (Rudney Gomes, Clayton Santos, Alexsandro da Silva e Fabio Galan) na noite em que foi violentada.
Ainda nas conversas com Falco, Robinho tentou entregar os amigos. Como apenas os dois estavam na Itália, transferir a responsabilidade para quem estava no Brasil representaria um perigo a menos para a dupla, que seguia em Milão.
“Pode jogar para os moleques que eles estão lá na casa do caralh*”, diz o ex-jogador.
O Caso Robinho
Em 2017, Robinho foi condenado a nove anos de prisão por participação em estupro coletivo. O brasileiro recorreu da sentença e, em janeiro de 2022, foi condenado em última instância, não cabendo mais recursos.
A Justiça italiana pediu que Robinho cumpra a pena no Brasil, uma vez que o país não extradita cidadãos brasileiros. Em fevereiro de 2023, o Supremo Tribunal Federal (STF) concordou em transferir a pena.
Cabe agora, ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), analisar a sentença italiana. O STJ vai avaliar se a decisão atende os requisitos para ser cumprida no Brasil.