Em lançamento de série, Adriano Imperador sugere 9 da Seleção na Copa

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Adriano Imperador. Foto: Ben Radford / Equipe

Por Gabriel Aurélio

Nesta terça-feira (19/7), o ex-atacante Adriano Imperador concedeu entrevista na sala de imprensa do estádio do Morumbi, onde se emocionou e entrou em detalhes da série documental “Adriano, Imperador”, que narrará a vida pessoal e a carreira no futebol do ex-jogador.

Além disso, o Imperador falou sobre alguns pontos do futebol brasileiro e, quando questionado sobre quem deveria ser o camisa nove da seleção brasileira na Copa do Mundo, afirmou que depende de como a equipe joga.

“Tem o Hulk, tem o Gabigol, depende muito da forma que a seleção joga. Tem Neymar, que joga mais fora da área do que dentro. Se eu estivesse ali com certeza dava conta, mas tem jogadores que se forem convocados vão fazer por onde e dar alegria para a gente” disse o ex-jogador.

Adriano ainda completou dizendo que a equipe comandada por Tite está preparada para a Copa do Mundo e que estará na torcida pelos jogadores.

“Infelizmente eu não pude ganhar uma Copa, mas o coração está junto com os jogadores, torcendo. Sei da responsabilidade de jogar Copa do Mundo e com certeza a seleção está bem preparada para conseguir o título.” disse o Imperador.

Documentário

A série com três episódios abordará temas como a primeira convocação para a defender a amarelinha, a Copa América de 2004 onde marcou o gol que levou a decisão para os pênaltis e terminou a competição como artilheiro e melhor jogador.

O documentário narrará também o auge na Inter de Milão, quando ganhou o apelido de Imperador, até as polêmicas, a depressão causada pela morte do pai e o fim de carreira melancólico.

Questionado se teria algum arrependimento na carreira, Adriano negou e disse que fez o que tinha que fazer e que agora não adianta ficar se culpando pelo passado.

“Não me arrependo de nada. Porque eu fiz o que quis fazer. As coisas que aconteceram na minha vida foi aquilo que eu quis fazer, não tem porque ficar me culpando pelo que aconteceu. Era para acontecer. Como sempre digo, Deus sabe de tudo na nossa vida. O que fiz foi pensado, no momento em que eu precisava, por causa de coisas tristes. Acho que não me arrependo, não. Quer dizer, tenho certeza.”.

Um dos temas mais falados na entrevista foi o fim da carreira, algo considerado por muitos como melancólico pela maneira que aconteceu e pela falta de um jogo de despedida. Ao falar sobre isso, o Imperador afirmou que foi necessário pois a tristeza o desligava do futebol.

“Quando parei foi uma decisão porque não estava mais com a cabeça focada. Logo que vim da Roma para o Corinthians e meu tendão arrebentou no primeiro treino, veio a tristeza de antes e isso me abatia muito. Quando eu ficava triste me desligava, então é melhor deixar de lado, deixar o futebol”, lamentou.

“Foi uma tristeza para mim e todos os brasileiros, porque eu era considerado um dos melhores atacantes na época. Não foi fácil, mas naquele momento achei necessário.” disse o ex-atacante da Seleção Brasileira.

Por fim, falou da morte de seu pai, Almir Leite Ribeiro, dias após a conquista da Copa América de 2004. O fato é considerado pela diretora da série Susanna Lira como “ponto de virada” da vida de Adriano já que após o episódio, a carreira do brasileiro começou a passar por altos e baixos.

“Toda vez que falo sobre meu pai já começo a tremer. Pessoa para mim e para a minha família que muito importante. Toda vez que fala dele eu ainda gaguejo um pouco, ainda me faz falta (…) Para mim foi muito triste. Até hoje é, quando nos apegamos a alguém não conseguimos esquecer. Hoje estou mais tranquilo (…) Mas graças a Deus ele está melhor do que a gente lá, está olhando por mim”, finalizou o Imperador.

A produção do serviço de streaming Paramount+ estará disponível a partir desta quinta-feira (21/7).

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