Escola promove “baile funk” com crianças, e pais denunciam

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Escola promoveu baile funk com músicas de teor pornográfico para crianças. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Uma escola infantil Goiânia foi denunciada ao Conselho Tutelar da cidade após imagens de uma comemoração alusiva ao Dia das Crianças circularem nas redes sociais mostrando os pequenos dançando e cantando músicas com teor pornográfico, no que parecia ser um “baile funk”. O caso também deve ser investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o Conselho Tutelar, cerca de 70 crianças com idades entre 7 e 10 anos de idade participaram da atividade chamada de “festa do pijama”. Ao verem as crianças dançando e cantando as músicas, funks com letras falando sobre drogas e práticas sexuais, as próprias professoras filmaram e encaminharam os vídeos aos pais.

Nos vídeos, é possível identificar trechos de músicas como Loucura que Ela Fez Comigo, do Funk Explode, e Menina Se Prepara, do MC Pepeu. As duas contém termos obscenos, inapropriados para crianças, e que podem caracterizar a violação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que determina que crianças não sejam expostas a esse conteúdo.

Segundo o Conselho, embora os pais tenham autorizados a participação das crianças na atividade, em nenhum momento foram informados sobre qual seria a programação musical. A conselheira responsável pelo caso explicou que a exposição dos pequenos a esse conteúdo erotizado pode deixá-las mais suscetíveis a serem vítimas de abusos.

– Uma criança erotizada de forma precoce pode desenvolver transtornos. Elas reproduzem o que veem e ouvem. […] Se for um estímulo contínuo, podem se tornar mais suscetíveis a se tornarem vítimas de abuso ou abusadores – destacou a conselheira Érika Reis.

O Conselho convidou a escola para prestar esclarecimentos e o advogado que representa a instituição foi ao encontro dos conselheiros. De acordo com Érika, o órgão pediu uma série de informações acerca da programação do evento que devem ser providenciadas nos próximos dias, e também vai reportar o caso à Polícia Civil.

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