Escritor paraibano disputa vaga na Academia Brasileira de Letras

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Escritor paraibano Efigênio Moura — Foto: Erickson Nogueira/g1

O escritor paraibano Efigênio Moura, de Monteiro, no Cariri, está disputando uma vaga na Academia Brasileira de Letras. A vaga aberta é da cadeira número 27, deixada pelo poeta Antônio Cícero Correia de Lima, que morreu em 23 de outubro.

A eleição para ocupar a cadeira 27 da Academia Brasileira de Letras deve ocorrer em 11 de dezembro, de acordo com a ABL.

José Efigênio Eloi Moura é escritor e radialista. Ele entrou para o mundo literário em 2009. Efigênio aponta que sua escrita é caracterizada por uma linguagem que remete diretamente à fala do homem do interior nordestino. Segundo ele, essa característica é fundamental para manter a autenticidade da obra.

“Eu sou aquele escritor que escreve como se fala. Para muitos é um erro, por conta do português padrão. Mas eu vejo um realismo muito grande nas obras, mesmo sem ficções, a partir do momento que eu trago a fala de quem faz a fala, de quem produz a fala, para os livros, para que todo mundo conheça”, afirma Efigênio Moura.

A maior fonte de inspiração para Efigênio é o ambiente onde cresceu e viveu. Sua obra reflete as paisagens, as tradições e a simplicidade do interior, retratando a essência da cultura nordestina. Esse estilo é destaque em seu livro “Ciço de Luzia”, que foi escolhido em 2013 para compor a lista de leituras obrigatórias do vestibular da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). A obra chegou a ser traduzida para o inglês. No total, Efigênio já tem 15 livros publicados.

Ele é o único autor nordestino na disputa da vaga na ABL. “Eu entrei porque eu acredito na literatura nordestina, acredito nos novos autores, na literatura contemporânea, acredito mais ainda nos meus antepassados”, destacou.

Em 2015, Efigênio Moura foi eleito membro da Academia de Letras de Campina Grande, ocupando a cadeira 18, cujo patrono é o escritor Salatiel Pimentel.

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