Esvaziada pelo STF, CPI do 8/1 foca em figuras próximas a Bolsonaro

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Jair Bolsonaro. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

por Mariah Aquino

A menos de um mês do prazo para a entrega do relatório final, fixado em 17 de outubro, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso Nacional busca salvar os trabalhos entre disputas de narrativas ideológicas e decisões contrárias no Supremo Tribunal Federal (STF).

A comissão foi prejudicada depois que os ministros André Mendonça e Nunes Marques autorizaram a ausência do assessor de Jair Bolsonaro (PL) Osmar Crivelatti e da ex-diretora de Inteligência do Distrito Federal Marília Alencar, respectivamente. O presidente do colegiado, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), vai solicitar que os presidentes da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional questionem a ação dos magistrados.

De um lado, a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) busca atrelar os atos antidemocráticos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Depois da divulgação de trecho da delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, em que o militar confirmou reuniões do ex-mandatário com as Forças Armadas, a senadora afirmou que as revelações “trazem luz em cima de um debate muito amplo, que é exatamente a autoria intelectual, um dos pontos centrais, de fato, da CPMI”.

“Se houve uma motivação, se houve um chamamento para uma reunião, se houve uma apresentação de uma [Garantia da Lei e da Ordem] GLO, se houve ali uma iniciativa de se, por exemplo, questionar o processo do resultado eleitoral e se estabelecer uma intervenção, não há dúvida nenhuma que é uma ação inconstitucional e deverá sim ser levada em consideração pela CPMI”, destacou Eliziane na quinta-feira (21/9).

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