Próximos passos
Arthur Maia, por sua vez, defende que o comandante da Força Nacional seja um dos convocados na reta final da CPMI, assim como financiadores dos atos e dos acampamentos de apoiadores do ex-presidente. Na terça-feira (26/9), o colegiado realiza uma nova rodada de votação de requerimentos em meio a negociações para chegar a um acordo sobre os nomes escolhidos para as últimas quatro oitivas ainda não definidas.
O presidente da comissão descartou votar a acareação entre Bolsonaro e Cid, proposta por Eliziane Gama. Na próxima semana, a comissão ouve Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República no governo Jair Bolsonaro (PL), e Alan Diego dos Santos Rodrigues, condenado por participação na tentativa de atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília (DF).
Enquanto governistas tentam fechar o cerco a figuras próximas do ex-presidente, solicitando, por exemplo, o relatório de inteligência financeira (RIF) de Bolsonaro e Michelle, a oposição insiste que membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tinham conhecimento da amplitude dos atos de 8 de janeiro. Os principais focos são o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias, que falou ao colegiado em agosto, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Outro nome que aparece entre as prioridades de convocação da base governista é Filipe Martins, ex-assessor para assuntos internacionais de Bolsonaro, que teria entregue uma minuta de teor golpista para o ex-presidente.
Ele foi investigado por fazer um gesto relacionado à supremacia branca durante audiência no Senado Federal em 2021, mas acabou absolvido pelo juiz da 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, Marcus Vinicius Reis Bastos.