EUA não foi capaz de frear as exportações iranianas de petróleo, afirma Teerã

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Um clérigo iraniano passa por um mural anti-EUA em uma parede da antiga embaixada dos Estados Unidos na capital Teerã, em 12 de março. © ATTA KENARE

O ministro iraniano do petróleo, Javad Owji, afirmou, neste sábado (12), que os Estados Unidos não foram capazes de frear as exportações iranianas de petróleo, objeto de sanções.

“O inimigo tentou, diversas vezes, reduzir as exportações de petróleo do Irã e prender os navios do país” nos últimos meses, declarou Owji a um jornal governamental de seu país.

Segundo os documentos judiciais americanos revelados na sexta-feira, os Estados Unidos confiscaram recentemente o carregamento de dois petroleiros diante da suspeita de que estavam exportando mais de 700.000 barris de petróleo bruto iraniano, violando o embargo americano.

“Quando o inimigo viu a sua falta de capacidade, que não podia acabar com as nossas exportações, atacou nossos navios”, acrescentou Owji, que explicou que “as forças iranianas conseguiram dissipar várias” dessas tentativas de confisco dos EUA.

Owji assegurou que as exportações de petróleo do Irã “aumentaram” apesar das sanções. “Os Estados Unidos entenderam que as sanções são ineficazes e que é impossível reduzir a zero nossas exportações”, precisou.

Os EUA acusam o Irã de tentar burlar as sanções enviando seu petróleo à China, Venezuela e Síria.

Há 11 meses, o país persa retomou as negociações, em Viena, com as grandes potências (EUA, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) para tentar salvar o acordo de 2015 sobre seu programa nuclear, que pretende evitar que Teerão fabrique a bomba atômica em troca do fim das sanções que asfixiam a sua economia.

O pacto voltou à estaca zero quando o EUA, governado por Donald Trump, denunciou o tratado e voltou a impor sanções contra o Irã. Em resposta, a República Islâmica deixou de cumprir os seus compromissos.

Porém, o acordo sobre o programa nuclear iraniano está parado desde sexta por causa das novas exigências da Rússia (afetada, por sua vez, pelas sanções devido à invasão da Ucrânia), que pediu garantias aos Estados Unidos de que essas medidas não afetariam sua cooperação econômica com Teerã.

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