Fábrica clandestina de linguiças na PB usava corantes e temperos para mascarar mau cheiro, diz fiscal

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Fábrica clandestina de linguiças na PB usava corantes e temperos para mascarar mau cheiro — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco

Um dia depois do fechamento de uma fábrica clandestina de linguiças no município de Bayeux, na Grande João Pessoa, a Secretaria de Estado da Agricultura e da Pecuária da Paraíba realizou na sexta-feira (30) uma fiscalização no local e constatou que os responsáveis usavam corantes, temperos e outros aditivos para mascarar o mau cheiro da carne estragada que era utilizada no processo.

As informações foram confirmadas por Lúcia Pimentel, fiscal agropecuária que acompanhou os trabalhos na fábrica. Ela se disse impressionada com o que viu e destacou que o consumo daquele tipo de carne pode provocar graves problemas nas pessoas.

“Houve a constatação das maiores irregularidades que se pode haver na fabricação de alimentos”, resumiu.

Corante e tempero foi encontrado junto da carne estragada — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco
Corante e tempero foi encontrado junto da carne estragada — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco
Lúcia Pimentel explicou que localizou muita sujeira e muito descaso com a saúde pública. E embora não se possa dizer com precisão a origem da carne, ela apresentou a sua opinião sobre qual seria a possibilidade mais provável. “O produto não tem origem definida, mas eu acredito que sejam restos de abatedouros clandestinos”.
Fiscais agropecuárias foram até fábrica clandestina de linguiças e encontraram irregularidades graves — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco
Fiscais agropecuárias foram até fábrica clandestina de linguiças e encontraram irregularidades graves — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco

Para além disso, os produtos eram todos mal acondicionados. E tudo era processado em equipamentos sem higienização. “Muitos dos produtos estavam acondicionados em recipientes de amianto, o que é proibido”, prosseguiu.

Sobre os temperos e os corantes, ela indica que o uso serve para enganar os consumidores. Já que têm o potencial de mascarar o cheiro e a aparência da carne. E, diante disso, ela alerta: “O consumidor pode ficar com as saúde prejudicada. Deve destruir imediatamente a linguiça que tenha sido comprada no local”.

De acordo com as investigações iniciais, o estabelecimento já funcionava há cerca de cinco anos e chegava a comercializar uma média de 800 kg de linguiça por dia. Além disso, dois funcionários do frigorífico estavam em situação irregular, convivendo no local próximo a fezes humanas expostas. De acordo com a perícia, os homens não tinham banheiro e trabalhavam das 7h às 22h sem equipamento de proteção individual e se alimentavam das carnes do local.

Um caminhão de lixo da coleta municipal de Bayeux foi acionado na sexta-feira (30) para descartar a carne estragada encontrada na fábrica.

Grande quantidade de carne estragada foi apreendida e descartada em Bayeux, na Paraíba — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco
Grande quantidade de carne estragada foi apreendida e descartada em Bayeux, na Paraíba — Foto: Alisson Correia/TV Cabo Branco

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