Família protesta contra morte de mototaxista e acusa PMs do crime

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Segundo a mãe de Washington Figueiredo Rodrigues, de 24 anos, ele estaria dormindo em casa quando foi preso. PM alega que ele estava armado

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Washington Figueiredo Rodrigues. Foto: Reprodução

“Eles não têm condições de honrar a farda que usam. Pegaram meu filho vivo e ele morreu”, protestou Cassia Pereira, mãe do mototaxista Washington Figueiredo Rodrigues, de 24 anos. Segundo ela, o jovem foi abordado dentro de casa por policiais militares e foi estrangulado em ação que aconteceu na manhã de quinta-feira (14/10), no Lins de Vasconcelos, zona norte do Rio de Janeiro.

A Polícia Militar informou que apreendeu com a vítima um revólver calibre 38 e uma mochila com drogas. O jovem seria pai no início do próximo ano, já que sua esposa está grávida de quatro meses.

“Meu filho tinha passagem pela polícia, mas estava em casa dormindo. Acordei ao ouvir um tiro, porque moro próximo. Ele deixa uma mulher grávida de quatro meses”, desabafou Cassia, mãe de 12 filhos e avó de 18 netos.

Segundo familiares, a ação aconteceu por volta das 5h30 na localidade conhecida como Boca do Mato, no Lins. A PM informou que equipes do 1º Comando de Policiamento de Área (CPA) realizavam policiamento na região, quando um suspeito fugiu ao avistar os policiais.

A família teria solicitado apoio das equipes, que o socorreram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Engenho de Dentro, zona norte. “O ferido não foi atingido por disparos de arma de fogo e chegou com vida à unidade de saúde, porém sofreu um mal ainda a ser definido através de laudo médico e faleceu no local”, diz trecho da nota.

Irmã levou policiais à UPA

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde alegou que as informações sobre o caso estão restritas à família. A irmã do mototaxista, Joice Pereira, afirmou que presenciou a abordagem e disse que a família foi acordada por um tiro.

“Fui mostrando a eles onde era. Aqui gritamos, pedimos para não fazer nada com ele. Mas mesmo algemado, os policiais pisaram no pescoço dele”, contou a irmã Joice.

“Vi tudo e ainda guiei os policiais até a UPA. Eram quatro PMs em cima do meu irmão. Gritamos para ele ser solto, mas um militar apontou um fuzil para o alto. Tentamos chegar perto, meu irmão queria água, mas não deixaram direção aonde ele estava e a polícia não deixou a gente chegar perto dele, a gente querendo dar água pra ele, reanimar ele e eles não deixando”, alegou.

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