“Faraó dos Bitcoins” mandou matar investidor concorrente, diz polícia

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Faraó dos Bitcoins. Foto: Reprodução

Preso há mais de dois meses sob suspeita de comandar um esquema de pirâmide financeira com criptomoedas, o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos entrou na mira da Polícia Civil do Rio de Janeiro por mais um crime. Nesta quarta-feira (27/10), o “Faraó dos Bitcoins” foi indiciado por tentativa de homicídio contra um concorrente no mercado de investimento. As investigações apontam que ele foi o mandante do crime, ocorrido em março deste ano.

A Polícia Civil informou que Glaidson foi até um comparsa de confiança e ordenou que ele contratasse quatro homens para executar o empresário, identificado como Nilson Alves da Silva, o Nilsinho. O alvo sobreviveu.

A motivação se deu no fato de a vítima espalhar que o “Faraó das Bitcoins” seria preso pela Polícia Federal em 2021. Isso depois se concretizou: Glaidson se tornou alvo da Operação Kryptus, da PF, em 25/8, e foi detido em uma mansão no Itanhangá, na zona oeste do Rio, com cerca de R$ 15 milhões em espécie.

Nilsinho também teria sugerido a clientes que passassem seus investimentos para a empresa dele, e não mais para a de Glaidson, a GAS Consultoria e Tecnologia LTDA. Ambas são sediadas em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense.

“Quatro indivíduos contratados para matar a vítima utilizaram um veículo clonado e contaram com o apoio de um carro regularizado para fazer os deslocamentos rodoviários”, disse a Polícia Civil, em nota.

A polícia também descobriu que dois dos homens que participaram da tentativa de homicídio contra Nilson têm envolvimento no assassinato do investidor em criptomoedas Wesley Pessano, 19 anos, em São Pedro da Aldeia, na mesma região. Os agentes agora querem saber se o “Faraó das Bitcoins” também mandou matar o rapaz, atingido por disparos em um carro Porsche vermelho, vítima de uma emboscada, em 4/8. Sete pessoas suspeitas do assassinato já foram presas.

Na terça-feira (26/10), Glaidson Acácio dos Santos teve um pedido de habeas corpus negado, por 2 a 1, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Com isso, as prisões preventivas dele e de outros dois réus foram mantidas.

Ele é acusado de movimentar mais de R$ 38 milhões em transações com criptomoedas em nome da GAS Consultoria e Tecnologia LTDA. Ele e outras 17 pessoas acabaram denunciadas ao Ministério Público Federal (MPF) pelos crimes de organização criminosa; operação de instituição financeira sem autorização; gestão fraudulenta; e emissão, oferecimento ou negociação irregular de valores mobiliários. A esposa dele, a venezuelana Mirelis Zerpa, é ré e está foragida.

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