Festival impulsionado por Janja no G20 terá patrocínio de estatais e cachê de R$ 30 mil

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Janja

O festival de música que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) organizará no Rio de Janeiro durante a semana do G20 terá patrocínio de empresas como Banco do Brasil, BNDES, Caixa, Itaipu e Petrobras —e pagará um cachê de R$ 30 mil aos artistas que se apresentarão no Pier Mauá.

A realização do festival, que ocorrerá de quinta (14) a sábado (16), conta com a ajuda na organização da primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja. Ela também foi uma das principais fiadoras do Festival do Futuro, que ocorreu em paralelo à posse do presidente, em 2023.

Apelidado de Janjapalooza, o nome do evento agora será Aliança Global Festival Contra Fome e a Pobreza, numa referência à iniciativa que Lula e outros líderes internacionais devem lançar na cúpula do G20.

De acordo com o Ministério da Cultura, há 29 artistas confirmados: Aguidavi do Jejê, Mateus Aleluia, Larissa Luz, Ilessi, Diogo Nogueira, Rachel Reis, Rita Benneditto, Afrocidade, Daniela Mercury, Seu Jorge, Roberto Mendes, Zeca Pagodinho, Mariene de Castro, Marcelle Motta, Pretinho da Serrinha, Teresa Cristina, Roberta Sá, Maria Rita, Fafá de Belém, Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê, Lukinhas, Romero Ferro, Jaloo, Maria Gadú, Alceu Valença e Ney Matogrosso.

Cada artista receberá um cachê simbólico de R$ 30 mil, segundo a pasta. Questionado, o ministério disse que o valor total gasto com o festival será divulgado em outro momento.

As estatais têm sido usadas pelo governo Lula para reforçar o custeio de eventos relacionados ao G20, o grupo que reúne os principais países desenvolvidos e emergentes do mundo e que neste ano está sob a presidência brasileira.

Além do festival da Aliança, haverá recursos das estatais para o financiamento da cúpula de líderes, nos dias 18 e 19, e o encontro com a sociedade civil que ocorrerá poucos dias antes.

Apoiam ainda o evento a prefeitura do Rio, a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Além do palco principal, a organização prevê projeções no edifício A Noite e palestras tanto no Museu do Amanhã como no MAR (Museu de Arte do Rio).

Quando divulgou o festival, o governo Lula disse que a ideia era inspirada em “concertos internacionais como o Live Aid 1985 e o Free Nelson Mandela Concert 1988, ambos em Londres, na Inglaterra”.

“Realizado na Praça Mauá, o festival aproveita o poder transformador das expressões artísticas para consolidar uma mensagem sobre o compromisso do país de construir uma rede colaborativa e de impacto duradouro, envolvendo países, organizações e cidadãos na luta pela segurança alimentar”, afirmou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).

O objetivo da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, segundo o governo, é “angariar recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais comprovadamente eficazes para a redução da fome e da pobreza no mundo”.

O governo quer criar uma espécie de balcão com boas práticas de combate à pobreza que países em desenvolvimento poderão consultar e pedir apoio técnico caso queiram implementar políticas semelhantes em seus territórios.

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