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© Divulgação/Volkswagen. Último VW Fox é da versão Xtreme na cor vermelho tornado

A Volkswagen tentou encobrir, mas acabou cedendo. Dias após supostas imagens da última unidade do Fox produzida na fábrica de São José dos Pinhais (SP) ganharem as redes sociais e após muito desconversar, a fabricante alemã confirmou o fim do hatch altinho.

O sindicato dos metalúrgicos local também tentou encobrir que o VW Fox saiu de linha em setembro, mas fornecedoras locais, como a Faurecia e Aethra, já haviam encerrado o fornecimento de componentes para a VW. Esta última, inclusive, fechou a fábrica no Paraná após o término do contrato de fornecimento de peças do Fox.

De acordo com o sindicato, os funcionários envolvidos com a produção do Fox serão realocados na produção do T-Cross, que acaba de alcançar a marca das 200.000 unidades fabricadas.

O último exemplar produzido foi um VW Fox Xtreme na cor vermelha, que será preservado, passando a fazer parte do acervo da Volkswagen do Brasil.

Lançado há exatamente 18 anos, em outubro de 2003, o Volkswagen Fox só foi produzido na fábrica paranaense. Dali ganhou diversos países vizinhos e também a Europa, onde foi o carro mais barato da Volks de 2005, quando o Lupo saiu de linha, até o lançamento do Up!. Era exportado, inclusive, com motores exclusivos: o 1.2 TDI de três cilindros e 55 cv e o 1.4 a gasolina de 80 cv (que posteriormente equipou a Kombi).

Quase 1,3 milhão de unidades do Fox foram vendidas no mercado brasileiro e cerca de 500 mil unidades foram destinadas à exportação.

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Era para custar mais barato

O custo benefício das últimas unidades do VW Fox era imbatível, sendo um hatch 1.6 completo (ou quase, porque as últimas unidades saíram sem a central multimídia) pelo preço de um Gol 1.0. Mas nem sempre foi assim.

O Volkswagen Fox foi concebido para substituir o Gol e nunca conseguiu. Na verdade, o mercado não deixou. Conta-se que o Fox seria lançado com preço abaixo do pedido pelo Gol, um projeto mais antigo e que não seria atualizado profundamente tão cedo, mas pesquisas com clientes revelaram que o consumidor estava disposto a pagar mais caro por aquele hatch com teto altinho.

O Fox tinha características interessantes em um momento que as vendas de carros populares eram expressivas. Também tinha características interessantes, como o banco traseiro corrediço (que mais tarde motivaria recall), volante multifuncional e possibilidade de rádio integrado ao painel.

Também impressionava o espaço interno. Nem tanto pelas dimensões, próximas do Gol da época (3,83 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,54 m de altura e 2,46 m de distância entre-eixos), mas pelo teto alto e pela sensação de espaço proporcionada pelo para-brisas bem recuado do motorista.

O Fox foi lançado nas versões City, Plus e Sportline, com motor 1.0 de 72 cv de potência e 9,2 kgfm de torque. Era um hatch duas portas, mas com o tempo ganhou quatro portas e, em 2004, o motor 1.6, de 103 cv de potência e 14,5 kgfm de torque. Convertido a flex, este mesmo motor seguiu até o fim.

No meio tempo, o VW Fox ainda chegou a usar os motores da família EA211, nomeadamente o 1.0 de 3 cilindros com 82 cv e o 1.6 16V de 120 cv, que podia ser combinado a um exclusivo câmbio automatizado I-Motion de seis marchas.

Foram três atualizações visuais. Em 2007, ganhou para-choque frontal redesenhado se antecipando ao primeiro facelift profundo, lançado em outubro de 2009. A segunda – e última – reestilização profunda estreou em agosto de 2014.

Reportagem em atualização

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