Fora dos acordos com o Centrão, ex-ministros expõem racha bolsonarista

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Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Por Gustavo Zucchi

O recente entreveiro entre o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP) é apenas mais um do capítulo de divórcio entre a ala olavista e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro que estão sendo contemplados nas negociações com o Centrão.

Bolsonaro articula com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o apoio da sigla para nomes como do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ao governo de São Paulo.

Enquanto isso, outrora apoiadores do presidente considerados mais “ideológicos” acabam sendo relegados nas negociatas para a eleição do ano que vem.

Confira um dos posts:

Os conchavos políticos de Bolsonaro com o Centrão tiraram, por exemplo, a chance de o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles concorrer à vaga paulista no Senado em 2022.

O próprio Salles escreveu, recentemente, que Tarcísio tem articulado para que Paulo Skaf, ex-presidente da Federação das Indústrias da Cidade de São Paulo (Fiesp), seja o candidato bolsonarista no próximo pleito. E que, por isso, deverá tentar uma vaga como deputado federal.

Veja:

Olavo de Carvalho

Salles e Weintraub estiveram ao lado do ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, na polêmica live em que o “guru” Olavo de Carvalho teceu duras críticas a Jair Bolsonaro.

O trio escutou Carvalho dizer que Bolsonaro usou sua imagem para se eleger. E que Bolsonaro pareceria um “prefeito de cidade do interior” e que a “briga” está perdida nas eleições do próximo ano.

Olavo, que esteve recentemente no Brasil, acabou saindo do brasil “à francesa” após ser intimado pela Polícia Federal a depor em um inquérito que investiga a existência de milícias digitais para enfraquecer instituições democráticas.

A posição de Olavo foi determinante para a troca de ofensas nas redes sociais entre o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, e o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos.

Santos, defensor de primeira hora de Bolsonaro, está nos Estados Unidos e tem um mandato de prisão expedido pelo STF. Em documentos, a PF apontou risco de interferência política no pedido de extradição do blogueiro.

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