Funcionária fantasma seria elo entre o crime organizado e a administração municipal de Cabedelo, aponta PF

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Flávia Santos Lima Monteiro, identificada como funcionária fantasma vinculada ao Fundo Municipal de Saúde de Cabedelo — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
Flávia Santos Lima Monteiro, identificada como funcionária fantasma vinculada ao Fundo Municipal de Saúde de Cabedelo — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução

Uma mulher apontada como funcionária fantasma vinculada ao Fundo Municipal de Saúde de Cabedelo foi presa na operação de terça-feira (19), que investiga a influência de grupos criminosos nas eleições do município. Segundo a Polícia Federal, Flávia Santos Lima Monteiro seria mulher de confiança do líder de um grupo criminoso com atuação na cidade, chamado de Flávio de Lima Monteiro e conhecido por “Fatoka”.

Flávia, segundo investigações da PF, seria o elo entre a atual administração municipal de Cabedelo e o crime organizado. Já Fatoka seria a pessoa que, na base das ameaças, da violência e da coerção, influenciaria na política local.

Na operação da terça-feira (19), o prefeito Vitor Hugo e o prefeito eleito André Coutinho, que são aliados entre si, estão entre os alvos de mandados de busca e apreensão.

Por meio de nota, Vitor Hugo registrou que está tranquilo e à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades e negou qualquer envolvimento com os fatos investigados. Já André Coutinho destacou a sua “confiança na Polícia Federal e na Justiça Eleitoral” e se colocou à disposição para contribuir com as autoridades nas investigações. Ele disse esperar que, no tempo oportuno e nos autos do processo, as dúvidas sejam sanadas.

Mandado de busca e apreensão contra vereador

Também foi alvo da operação policial o vereador Márcio Silva (União Brasil). Contra ele, foi cumprido um mandado de busca e apreensão com o objetivo de coletar provas ou indícios de sua possível participação no esquema criminoso.

Márcio Silva foi eleito vereador em 2020 e reeleito em 2024. Pouco depois da operação, ele disse por meio de nota que está a disposição para contribuir com o que for necessário e que defende o “respeito à transparência e à legalidade”.

O parlamentar disse também que não compactua com práticas que contrariem a ética e o respeito ao processo eleitoral e que confia nas investigações.

Segunda fase de operação

Ao todo, cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos na manhã da terça-feira (19) no município de Cabedelo, na Grande João Pessoa. A ação foi deflagrada pela Polícia Federal na Paraíba e estão entre os alvos o prefeito Vitor Hugo e o prefeito eleito André Coutinho.

A operação investiga a influência de grupos criminosos no pleito do município. A suspeita é de que uma facção criminosa, por meio do controle territorial, estaria exercendo influência sobre eleitores em troca de nomeação de pessoas para cargos comissionados e outras formas de influência política.

Existe a suspeita de cometimento dos crimes de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, lavagem de dinheiro e peculato.

Por meio de nota, Vitor Hugo registrou que está tranquilo e à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades e negou qualquer envolvimento com os fatos investigados. Já André Coutinho destacou a sua “confiança na Polícia Federal e na Justiça Eleitoral” e se colocou à disposição para contribuir com as autoridades nas investigações. Ele disse esperar que, no tempo oportuno e nos autos do processo, as dúvidas sejam sanadas.

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