Entenda a seguir as principais questões sobre o caso.
Quando foi notada a ausência das armas?
A ausência do armamento foi notada durante uma inspeção no local na terça-feira (10). Segundo o Exército, o material era inservível e tinha sido recolhido para manutenção.
Trata-se de um furto? Um roubo?
O caso não é tratado oficialmente como roubo ou furto na nota emitida na sexta-feira (13) pelo Exército. Apesar disso, o secretário de Segurança do Estado, Guilherme Derrite, chama o caso de furto, quando objetos são subtraídos sem uso da violência.
O Comando Militar do Sudeste disse ter instaurado um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do fato. O Exército descreveu a ocorrência como “uma discrepância no controle” das armas e disse ter tomado todas as providências para investigar o caso.
O que se sabe sobre a investigação?
O Comando Militar do Sudeste informou no sábado, 14, que mantém cerca de 480 militares aquartelados. “Os militares estão sendo ouvidos para que possamos identificar dados relevantes para a investigação”, diz a nota.
“Nós da segurança de São Paulo não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população”, escreveu Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado de SP, no X (ex-Twitter).
Para que serve esse tipo de armamento e a quem poderia interessar?
Metralhadoras calibre .50 são equipamentos de alto interesse de grupos criminosos organizados, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), que é conhecido por “alugar” armas de alto calibre para assaltos a carros-fortes, transportadoras e agências bancárias.
Em 2016, o assassinato do megatraficante Jorge Rafaat Toumani, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, foi realizado com uso desse armamento pesado.
Já o fuzil automático leve (FAL) de calibre 7,62 é adotado pelo Exército como armamento padrão de combate desde a década de 1960. “O FAL utiliza a munição 7,62x51mm NATO, que concede ao armamento uma alta precisão no engajamento dos alvos e grande letalidade”, descreve um estudo da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Rio.
A análise acrescenta que a partir de 2017 teve início uma substituição gradual do FAL por um armamento de calibre 5,56 mm.