Gentili polemiza ao citar Bebê Rena: “Nunca ofereça chá para gordas”

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Danilo Gentili. Foto: Reprodução

O sucesso de Bebê Rena tornou a série popular também entre os famosos, como Danilo Gentili. No entanto, o apresentador e humorista provocou polêmica ao falar sobre a produção em uma rede social.

No X, antigo Twitter, ele fez críticas diretas ao personagem da trama e, consequentemente, ao criador e ator Richard Gadd.

“Uma lição que aprendi assistindo Baby Rena: nunca ofereça chá para gordas. Aceitar drogas de estranhos que te prometem a fama, tudo bem, acontece. Dá até para conviver com o cara que deixa seu cu sangrando de boas no final. Mas com gorda não dá, aí já é demais’, escreveu Gentili.

Enquanto algumas pessoas sugeriram que as frases seriam “confissões” do humorista, teve quem apontou “gordofobia” e quem criticou a fala: “Humor e piadas 2010”.

Entre as reações, teve também quem defendeu Danilo Gentili. “O melhor são os comentários aqui, [que] comprovam como a grande maioria dos brasileiros não consegue interpretar um texto, que loucura”, avaliou a pessoa.

Bebê Rena: entenda série da Netflix que virou o fenômeno do momento

Bebê Rena, nova série da Netflix, está fazendo o maior sucesso e impressiona com sua narrativa realista. A produção mostra uma perseguição obsessiva, baseada em uma história real, e retrata a história de Richard Gadd, um comediante escocês, que vive uma experiência angustiante com uma stalker.

Bebê Rena gira em torno do personagem Donny Dunn, interpretado pelo próprio Richard Gadd, comediante em busca de sucesso que se vê mergulhado em um pesadelo quando uma mulher chamada Martha, que ele conheceu casualmente em um bar, começa a persegui-lo implacavelmente.

A produção é uma representação fiel dos quatro anos de terror vividos por Gadd, marcados por uma inundação incessante de mensagens, presentes bizarros e uma sensação constante de paranoia.

“No início, todos no pub acharam engraçado eu ter uma admiradora. Aí ela começou a invadir minha vida, me seguindo, aparecendo nos meus shows, esperando do lado de fora da minha casa, enviando milhares de mensagens de voz e emails”, contou Gadd em entrevista ao The Times.

Na entrevista, Gadd enfatiza que a intenção por trás da série não é apenas contar sua história, mas também desmistificar o stalking:

“Stalking na televisão tende a ser muito sexual. Tem uma mística. É alguém em um beco escuro. É alguém que é muito sexy, muito normal, mas depois fica estranho aos poucos. Mas perseguir é uma doença mental. Eu realmente queria mostrar as camadas da perseguição como eu nunca tinha visto na televisão antes”.

Criador de Bebê Rena fala de inspirações e medo da repercussão

“Às vezes, no poço do desespero, surge a inspiração.” A frase é do roteirista e ator Richard Gadd, um rosto conhecido no Brasil e no mundo como o protagonista de Bebê Rena, nova série da Netflix. A trama acompanha a história do personagem Donny Dunn, um aspirante a comediante que trabalha como garçom em um bar de Londres e começa a ser perseguido por uma stalker.

A mulher em questão é Martha Scott (Jessica Gunning), uma advogada desempregada e com outras perseguições na lista de antecedentes. Embora esse seja um nome fictício, a produção é totalmente inspirada na história de vida de Gallard.

Ele revelou que foi perseguido por uma mulher por quatro anos até que ela conseguiu o telefone dele. Na época, o comediante estava no que considerou “o auge da carreira” e tinha ganhado o Prêmio de Comédia do Festival Fringe de Edimburgo, na Escócia, pelo programa Monkey See Monkey Do (Macaco Vê, Macaco Faz, em tradução literal), no qual relatava abusos que sofreu.

“Foi um grande momento para mim. Esclarecer o que aconteceu depois de tantos anos sofrendo em silêncio. Mas qualquer sentimento bom depois do Fringe foi atenuado pelo meu telefone tocando a cada minuto de cada dia, onde me deparei com toda uma gama de emoções de Martha, desde insultos lançados até expressões profundas de amor e saudade. Era demais para qualquer um suportar”, detalhou em texto divulgado pela Netflix.

Gadd relatou que ouvir e fazer anotações sobre as mensagens de voz deixadas pela stalker passou a ser a vida dele. O objetivo era encontrar algo incriminador o suficiente para que a polícia tomasse providências adequadas.

“No auge de tudo isso, eu ia para a cama à noite e ainda a ouvia em meus ouvidos. Sua voz girando em torno da minha cabeça. Suas palavras saltando pelas minhas pálpebras enquanto eu tentava dormir. Às vezes era como se ela estivesse na sala comigo. Na cama ao meu lado, até”, relembrou.

Entre o desespero e a agitação, o ator teve a ideia de transformar esse pesadelo em um espetáculo de stand up. Ele esperou o que chamou de “hora certa” para estrear o texto, também no Festival Fringe, mas em 2019. Agora, no entanto, o medo dele não eram mais as mensagens e ligações da perseguidora.

“Já haviam passado dois anos desde que Martha saiu da minha vida e eu estava enfrentando uma pressão totalmente nova: o tribunal da opinião pública”, contou. Ele explicou ainda o motivo para temer as pessoas.

“Parecia uma coisa arriscada – fazer uma versão com detalhes escabrosos da história, onde eu levantava as mãos para os erros que cometi com Martha. O flerte tolo. As desculpas covardes sobre por que não poderíamos ficar juntos. Sem mencionar os temas do preconceito internalizado e da vergonha sexual que sustentavam tudo. Os detalhes gráficos das drogas, do aliciamento e da violência sexual que experimentei apenas alguns anos antes.”

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