Governador da Paraíba faz declaração em caso de atropelamento de motoboy

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), comentou, na quarta-feira (20), sobre o acidente que tirou a vida do motoboy Orlando Pereira, no bairro do Manaíra, em João Pessoa. O suspeito de causar o acidente e fugir do local sem prestar socorro, é um perito da Polícia Civil. Questionado pelo jornalista Daniel Lustosa, o gestor defendeu a necessidade de apuração dos fatos, para evitar condenação prévia. O acidente aconteceu no último sábado (16).

Após o acidente, a Secretaria de Segurança Pública da Paraíba informou que o perito Robson Félix foi exonerado da função que exercia na Polícia Civil.

Para João Azevêdo, o primeiro passo é instaurar um processo de apuração. “Acho que qualquer fato, quando ocorre, a primeira providência é instaurar um processo para apuração. Primeiro, para evitar pré-julgamento. Segundo, para evitar a condenação antecipada.“

O governador ainda alegou que, após a apuração, os responsáveis precisam responder pelos atos. “Quem cometeu erros, seja por descuido, irresponsabilidade ou falha, vai ter que responder. A gente não pode nem passar a mão na cabeça, nem condenar por antecipação.“, declarou aos jornalistas.

O caso

O perito da Polícia Civil, Robson Félix, trafegava na contramão em uma avenida de Manaíra, em João Pessoa. Ele é suspeito de atropelar o motociclista. Uma câmera instalada em um carro que passava pelo local no momento do acidente registrou o momento da batida.

O advogado de defesa alegou que, momentos antes do atropelamento, o perito e a namorada teriam sido vítimas de uma suposta tentativa de assalto e estavam fugindo.

Ainda segundo a defesa, o perito desceu do carro para prestar socorro ao motociclista, mas teria sido ameaçado por testemunhas e decidiu seguir para casa. O motorista se apresentou à polícia somente na tarde do domingo (17), quando foi submetido ao teste do bafômetro.

Velório realizado

Na quarta-feira (20), foi realizado o velório da vítima, em um cemitério em João Pessoa. O irmão de Orlando, Júnior Leal, concedeu entrevista à TV Tambaú e disse estar cansado de pedir justiça.