Parlamentares se queixam da demora do governo em empenhar (autorizar para pagamento) os R$ 3 bilhões que o ministério herdou das extintas emendas de relator, conhecidas como orçamento secreto. Essa verba está sob controle da ministra Nísia Trindade.
Para aplacar a pressão, o governo Lula tem optado por agilizar o pagamento de emendas individuais, às quais todos os parlamentares têm direito igualmente, mesmo de oposição. A Saúde já desembolsou R$ 2,4 bilhões dos R$ 11,3 bilhões previstos no Orçamento deste ano nessa modalidade.
Ao jornalista Bernardo Mello Franco, Nísia Trindade disse que não irá abrir mão do controle sobre a verba discricionária do ministério, cobiçada pelos parlamentares. “Estou muito tranquila, mas tenho uma biografia”, disse.