Governo reduz bloqueio de gastos; aumento a servidores fica sem espaço

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Paulo Guedes. Foto: Reprodução.

O Ministério da Economia anunciou, nesta segunda-feira (6/6), que o bloqueio de gastos do governo caiu de R$ 8,2 bilhões para R$ 6,96 bilhões.

A pasta informou que a redução do corte foi possível porque desistiu de manter R$ 1,74 bilhão reservado para pagar uma parte do reajuste dos servidores do Executivo federal, aumento que vem sendo ventilado há meses pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com as informações divulgadas, somente no fim do mês de junho é que se poderá ter uma decisão sobre o pretendido reajuste dos servidores.

As negociações para aumento de salários têm sido feitas com idas e vindas pelo governo. A ideia é conceder aumento linear de 5% nos salários, o que custaria R$ 6,3 bilhões. Sem a reserva, o dinheiro do reajuste teria que vir de novo bloqueio no orçamento dos ministérios.

O acréscimo de 5%, contudo, é considerado “insuficiente” por representantes das categorias de funcionários públicos. Alguns grupos têm feito manifestações, paralisações e até greves para pressionar o governo, como os servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional.

Em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quer evitar ao máximo atrapalhar os programas em execução pelas diversas pastas, mas depois de prometer aumento para categorias policiais, viu o reajuste virar exigência de todo o funcionalismo. Agora, a equipe econômica tenta achar uma solução que contemple as duas situações.

Confira como ficará o bloqueio em cada pasta do governo:

Presidência da República: R$ 25 milhões

Ciência, Tecnologia e Inovações: R$ 2,5 bilhões

Educação: R$ 1,59 bilhão

Justiça e Segurança Pública: R$ 117 milhões

Minas e Energia: R$ 46,9 milhões

Relações Exteriores: R$ 120,6 milhões

Saúde: R$ 1,25 bilhão

Infraestrutura: R$ 199,8 milhões

Comunicações: R$ 87,39 milhões

Defesa: R$ 706,9 milhões

Desenvolvimento Regional: R$ 149,8 milhões

Turismo: R$ 36,55 milhões

Cidadania: R$ 94,49 milhões

Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: R$ 9,65 milhões

Banco Central do Brasil: R$ 18,73 milhões

 

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