Grupo que matou jovem por engano é condenado a 90 anos de prisão

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Ana Rita Graziela Silva, 21 anos. Foto: Reprodução

Cinco pessoas acusadas de participar do assassinato de Ana Rita Graziela Silva, 21 anos, foram condenadas a 90 anos de prisão, somadas as penas. A jovem foi morta por engano em outubro de 2016, em uma fábrica no Núcleo Bandeirante. O alvo era a mãe dela, Gilvana Rodrigues Teles.

Segundo o processo, o grupo planejou o assassinato de Gilvana a mando do ex-marido dela, Yuri Hermano Tavares de Brito. Como mãe e filha eram muito parecidas, os assassinos acabaram confundindo as duas.

Caso Ana Rita
Material da PCDF mostra semelhanças entre mãe e filha

Yuri foi condenado por homicídio com três qualificadoras (vingança, com recompensa e sem possibilidade de defesa da vítima). A pena em regime fechado soma 24 anos. Jader Nei Rodrigues Barbosa foi condenado a 21 anos e quatro meses em regime fechado por homicídio.

Lucas dos Santos Almeida pegou pena de 17 anos e quatro meses de reclusão. Ele foi o autor dos disparos que mataram Ana Rita. Joabis Rodrigues Batista foi condenado por homicídio e também porte ilegal de armas. A pena somada é de 20 anos e oito meses em regime fechado.

Janilene Ferreira Lima vai cumprir seis anos em regime aberto por homicídio simples. Cícero Nunes de Lima, outro participante do crime, teve o processo desmembrado e já foi condenado pela Justiça a 28 anos, 8 meses e 5 dias de prisão.

Jermaíne da Silva Rocha foi a única absolvida e teve alvará de soltura expedido. Os magistrados negaram a autoria e participação dela no assassinato. Com exceção dela e de Janilene, que será transferida para o regime aberto, os réus não têm direito de recorrer em liberdade.

O crime

Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o crime foi cometido porque Yuri quis matar Gilvana por estar insatisfeito com a divisão de bens após a separação.

Ele comentou os planos com o amigo Jader, que o apresentou Cícero. Os três recrutaram Jobias e Lucas, prometendo que eles receberiam dinheiro após o homicídio. Por fim, os quatro homens organizaram os detalhes do assassinato com Janilene.

Eles combinaram que o homicídio aconteceria na serralheria, que pertencia a Gilvana. Yuri passou uma foto do alvo aos outros envolvidos para que eles a matassem. Segundo a polícia informou à época, Yuri pagou R$ 10 mil pelo crime.

Ana Rita foi morta com dois tiros na cabeça durante um assalto forjado. Um homem armado entrou no local e pediu o celular da jovem. Ana Rita afirmou que não tinha um aparelho, já que o dela havia sido roubado dias antes. Nesse momento, o suspeito atirou contra a garota.

O atirador e o motorista do carro foram identificados e presos nas cidades de Minaçu (GO) e Samambaia. Eles confessaram e apontaram a participação dos demais envolvidos.

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