Guerra por sucessão de Zinho no comando de milícia tem 5 mortes em um dia

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O miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, de 44 anos, conhecido como Zinho

por Igor Mello e Herculano Barreto Filho

A disputa pelo controle da maior milícia do Rio de Janeiro já deixa um saldo de ao menos cinco mortos em apenas um dia. A onda de assassinatos foi iniciada dias depois de o chefe do grupo, Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, se entregar à Polícia Federal.

O que aconteceu?

Sexta violenta. Cinco pessoas foram mortas na zona oeste do Rio e na Baixada Fluminense em crimes que podem ter ligação com a sucessão de Zinho, segundo investigadores.

Ataque a bar. Na noite de sexta-feira (29), um veículo passou atirando e atingiu três pessoas em um bar na Rua Manoel Clarindo Monteiro, em Fazenda Caxias, bairro de Seropédica, na Baixada Fluminense. Amarildo Rodrigues Salles, de 58 anos, e Lucas Zulche Suhet Salles, de 28 anos, morreram na hora. Uma terceira vítima foi socorrida e levada para um hospital, segundo a PM.

Relação com Zinho. Amarildo é apontado como homem de confiança de Zinho, segundo investigadores. Ele já foi acusado por dois homicídios, mas não foi condenado em nenhum deles. O homem tinha um cargo comissionado na Câmara de Vereadores de Seropédica. O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense.

Liderança morta. Na manhã de sexta (29), dois ataques atingiram pessoas ligadas à milícia na zona oeste do Rio. Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, teve o carro metralhado dentro da favela Três Pontes, em Paciência, quartel-general da milícia de Zinho, durante a manhã. Ele era apontado como um dos possíveis sucessores do chefe da milícia.

Filho não resistiu. Pit morreu na hora e seu filho de 9 anos foi baleado e socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu no Hospital Municipal Miguel Couto, na zona sul do Rio.

Antônio Carlos dos Santos Pinto, conhecido como Pit, foi morto aos 44 anos
Antônio Carlos dos Santos Pinto, conhecido como Pit, foi morto aos 44 anos

Outro miliciano morto. Também pela manhã de sexta passada (29), outro corpo foi encontrado em um carro perto do local da morte de Pit, em Santa Cruz. As primeiras informações dão conta de se tratar de um miliciano conhecido como Batata, também ligado ao Bonde do Zinho.

Linha de investigação. A Delegacia de Homicídios da Capital têm a disputa pelo comando do Bonde do Zinho como principal linha de investigação para as mortes de Batata e Pit.

Possível substituto. Um dos nomes apontados como possível sucessor de Zinho é o de Jairo Batista Freire, o Caveira, tido como um dos principais homens de guerra da quadrilha.

Líder em guerra. Ele ganhou notoriedade ao aparecer em vídeos comandando o ataque do grupo de Zinho aos rivais da milícia comandada por Danilo Dias Lima, o Tandera, que havia tomado a favela do Jesuítas, em Santa Cruz.

Prisão em 2022. Com o ataque, Jairo retomou a comunidade e acuou o rival. A atenção conseguida com os vídeos, contudo, fez com que ele fosse preso em janeiro de 2022. Ele deixou a prisão em outubro, após conseguir um habeas corpus na Justiça.

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