Haddad comenta fim da isenção para encomendas internacionais

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Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Foto: Reuters

Por Marcos Melo

Após a polêmica envolvendo a taxação de produtos importados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é preciso garantir igualdade de tratamento entre empresas estrangeiras e brasileiras. O ministro alegou que há muita “desinformação” sobre o assunto e não há planos de aumentar impostos, nem de “acabar” com o comércio eletrônico.

Nesta semana, a Fazenda confirmou que vai acabar com a isenção de até 50 dólares (R$ 245) para o envio de mercadorias do exterior entre pessoas físicas. O movimento foi realizado após reclamação de varejistas brasileiros sobre uma possível concorrência desleal de sites estrangeiros, que estariam usando de forma inapropriada a vantagem tributária para pessoa física.

Em entrevista ao portal Metrópoles, o ministro reconheceu que “há empresas que cumprem a legislação brasileira e empresas que não cumprem” e defendeu a regulação igualitária para todas.

– A concorrência tem de ser leal, entre empresas brasileiras e estrangeiras – defendeu.

Nesse ambiente, conforme Haddad, o papel do Estado é garantir isonomia, com igualdade de tratamento para todas as empresas. Assim, corrigir essa distorção não significa aumentar imposto ou ter preconceito contra alguma empresa.

– Há um pleito que é legítimo de proibir o contrabando – disse.

Segundo ele, sem corrigir essas distorções, o resultado é o aumento do desemprego, pois as empresas que pagam impostos precisam demitir por não conseguir competir com as estrangeiras. Perguntado sobre a Shein, Haddad disse que não conhece a empresa, e costuma apenas comprar livros na Amazon.

O ministro disse ainda que foi procurado “por uma dessas empresas” afirmando que quer pagar os impostos de forma correta no Brasil.

*AE

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