Equipe da Swat em operação próximo à sinagoga Beth Israel, em Colleyville, no Texas - Andy Jacobsohn/AFP

FLORIANÓPOLIS, SC (FOLHAPRESS) – Autoridades dos EUA estão negociando com um homem armado que fez reféns em uma sinagoga de Colleyville, no Texas, durante uma celebração neste sábado (15), que era transmitida ao vivo.

Agentes do FBI, a polícia federal americana, são os responsáveis pelas tratativas que já duram horas. Mais cedo, a Polícia de Colleyville publicou no Twitter que uma operação da Swat estava em curso no quarteirão onde a Congregação Beth Israel está localizada e que moradores na região estavam sendo removidos, sem fornecer mais detalhes.

Não há relato de feridos, de acordo com o jornal Dallas Morning News. As autoridades não têm fornecido muitas informações sobre a situação na sinagoga, mas a sargento Dara Nelson disse que negociadores fizeram contato com alguém dentro do edifício que acreditam ser o suspeito, segundo a publicação local.

Um funcionário do governo americano a par da situação disse à emissora ABC News que o suspeito alega ser Muhammad Siddiqui, irmão da neurocientista paquistanesa Aafia Siddiqui, que cumpre uma pena de 86 anos em uma prisão nos EUA após ser condenada, em 2010, por atirar em soldados e agentes do FBI. Ele pede sua liberdade.

As autoridades, no entanto, ainda não confirmaram sua identidade, disse o funcionário. Ainda segundo a emissora americana, os reféns seriam o rabino da congregação e três outras pessoas.

O homem pode ser ouvido no que parecia ser um telefonema durante uma transmissão ao vivo da celebração. Antes de a live ser encerrada, às 15h no horário local (18h em Brasília), era possível ouvir o suspeito falando sobre religião e sua irmã, divulgou o Fort Worth Star-Telegram. Ele dizia repetidamente não querer ver ninguém ferido e acreditar que iria morrer.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, publicou no Twitter que o presidente Joe Biden já foi informado sobre a situação com os reféns na região de Dallas. “Ele continuará a receber atualizações de sua equipe com o desenrolar da situação”, escreveu. “Altos integrantes da equipe de segurança nacional estão em contato com as forças de segurança federais.”

Também acompanham a situação o premiê de Israel, Naftali Bennett, o embaixador dos EUA no país, Tom Nides, e o governador do Texas, Greg Abbott, que se limitou a dizer que o Departamento de Segurança Pública está no local, trabalhando com as equipes local e federal.

Barry Klompus, 63, membro da congregação desde sua abertura em 1999, disse à agência de notícias Reuters ter sido alertado sobre a situação por outro integrante e rapidamente acessou a transmissão. “Foi horrível assistir e ouvir e é muito mais terrível não saber [o que acontece].”

Klompus relatou não saber de já ter havido alguma ameaça significativa à congregação. “Não temos um segurança na equipe, mas temos o que eu diria ser uma relação muito boa com a polícia local.”

O presidente da União para a Reforma do Judaísmo, Rick Jacobs, escreveu no Twitter que a entidade estava “muito agradecida pelas forças policiais que estão trabalhando para libertar os reféns”.

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