Investigações de lavagem de dinheiro em igrejas motivam prisão na Paraíba

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Prisão ocorreu na cidade de Barra de Santa Rosa, na Paraíba. (Foto: GOE-PB/Reprodução)

Pelo menos sete igrejas evangélicas foram abertas por um grupo investigado por tráfico de drogas em diversos estados do Brasil.  As investigações do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) apontam a lavagem de R$ 23 milhões na compra de templos religiosos, imóveis, fazendas e rebanhos bovinos.
Operação do MP cumpre dezenas de mandados contra grupo suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas. — Foto: MPRN/Divulgação
Operação do MP cumpriu dezenas de mandados contra grupo suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas. — Foto: MPRN/Divulgação

Na terça-feira (14), a Operação Plata prendeu um homem de 39 anos investigado por integrar o esquema criminoso, na cidade de Barra de Santa Rosa, na Paraíba. De acordo com as investigações, pelo menos outros seis mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão foram cumpridos nos estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e ainda no Distrito Federal.

As investigações foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema é liderado pelo chefe de uma das maiores facções do Brasil. O esquema de lavagem de dinheiro, de acordo com as investigações do MPRN, já perdura por mais de duas décadas.

MP cumpre mandado em igreja, durante a Operação Plata — Foto: MPRN/Divulgação
MP cumpre mandado em igreja, durante a Operação Plata — Foto: MPRN/Divulgação

As investigações do MPRN apontam que os investigados ocultaram e dissimularam a origem criminosa de seus recursos provenientes do tráfico de drogas por meio do uso de “laranjas” recrutados de várias regiões do país. O dinheiro era lavado com a compra de bens e animais em nome desses laranjas, a maioria familiares. A suspeita é que o esquema tenha movimentado pelo menos a quantia de R$ 23 milhões.

Os mandados de prisão e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nas cidades potiguares de Natal, Jardim de Piranhas, Parnamirim, Caicó, Assu e Messias Targino. Houve ainda cumprimento de mandados nas cidades paulistas de São Paulo, Araçatuba, Itu, Sorocaba, Tremembé, Votorantim e Araçoiaba da Serra; em Brasília/DF, Fortaleza/CE, Balneário Camboriú/SC, Picuí/PB, Espinosa/MG e em Serra do Ramalho e Urandi, ambas na Bahia.

A Justiça determinou o bloqueio e indisponibilidade de bens até o limite de R$ 23.417.243,37 relacionados a 28 contas bancárias dos suspeitos. Além do bloqueio de bens e imóveis, a indisponibilidade de veículos e a proibição da venda de rebanhos bovinos.

Os presos na operação Plata foram encaminhados ao sistema carcerário do Rio Grande do Norte e estão à disposição da Justiça.

Prisão ocorreu na cidade de Barra de Santa Rosa, na Paraíba. (Foto: GOE-PB/Reprodução)

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