Em seu discurso, Nasrallah elogiou um alto comandante militar do poderoso movimento, Wissam Tawil, morto na segunda-feira em um bombardeio atribuído a Israel no sul do Líbano.
O líder do Hezbollah também classificou como “loucura” os bombardeios dos Estados Unidos e do Reino Unido contra posições dos rebeldes huthis do Iêmen, apoiados pelo Irã.
“Se continuarmos por esse caminho, seja em Gaza, na Cisjordânia, no Líbano, no Iêmen ou no Iraque, o governo inimigo não terá outra opção senão aceitar as condições da resistência em Gaza e, portanto, encerrar a agressão contra Gaza e negociar”, insistiu Nasrallah.
A guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas começou em 7 de outubro de 2023 após um ataque do movimento islamista em solo israelense, deixando cerca de 1.140 mortos, na maioria civis, segundo um balanço da AFP com base nas cifras divulgadas pelas autoridades israelenses.
Em resposta, Israel prometeu “aniquilar” o Hamas e lançou uma operação aérea e terrestre contra a Faixa de Gaza.
Os bombardeios israelenses já deixaram pelo menos 23.968 mortos, na maioria mulheres e menores, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, um território palestino governado pelo Hamas desde 2007.
O conflito aumentou as tensões na região. Desde 8 de outubro de 2023, os confrontos entre o Hezbollah, que afirma apoiar o Hamas, e o Exército israelense, se tornaram quase diários.
Os huthis do Iêmen, por sua vez, intensificaram os ataques contra navios no Mar Vermelho que consideram ligados a Israel, em solidariedade ao povo de Gaza.
Combatentes iraquianos apoiados pelo Irã também reivindicaram ataques contra bases que abrigam soldados americanos na Síria e no Iraque.
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