Itapororoca, na PB, inaugura roteiro de turismo ecológico com sete pontos de visitação
![](https://i0.wp.com/palavrapb.com/wp-content/uploads/2022/12/image-26-3.jpg?fit=566%2C425&ssl=1)
Parque Ecológico da Nascença é uma reserva onde está a nascente que abastece Itapororoca — Foto: Lua Lacerda
Em comemoração aos seus 61 anos de emancipação política, Itapororoca, localizada a 66 km de João Pessoa, inaugurou um roteiro de turismo ecológico com sete pontos para visitação. Dentre eles, está o ‘Parque da Nascença’, reserva ecológica onde é possível conhecer a nascente que abastece toda a cidade, onde nenhum morador paga por taxa de água.
O Parque Ecológico da Nascença possui piscinas, que são abastecidas com água da própria nascente, e áreas de lazer que podem ser acessadas de forma gratuita pelos moradores e através do pagamento de uma taxa para turistas. Lá é possível conhecer mais sobre o bioma da Mata Atlântica através da trilha pela mata, além de ser possível reservar o local para piquenique.
![Piscinas do parque são abastecidas com a água da nascente — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/kwo5etQseQMGLZaZ_Jy58ojZg-A=/0x0:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/F/J/auq9lpRKqnPiZSBvqrDw/20221226-100436.jpg?resize=562%2C422&ssl=1)
Mesmo durantes secas mais severas, a nascente de Itapororoca jamais secou. Ela é considerada direito inalienável da população itapororoquense. Se trata de um recurso hídrico protegido por lei municipal. O abastecimento da cidade é realizado pela força da gravidade, sem a necessidade de motores ou bombas. O que explica isso é a variação altimétrica entre a fonte e a área urbana, pois a nascente está localizada em uma área elevada. São 98 metros de altura em relação à cidade.
![Poço resguarda a nascente, que é protegida por lei municipal. — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/1d9MbU7nRS_LCl41Eyjig44VsQQ=/0x690:4080x2828/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/z/V/YEak43SBi3Q1wW5q0eDA/20221226-095941.jpg?resize=640%2C447&ssl=1)
O que explica a existência da fonte, de acordo com o geógrafo Ivanildo Costa, é a existência de um antigo vulcão desativado na área onde está a nascente. Isto faz com que exista uma alta absorção de água na região. O pesquisador afirma que isso também explica a existência de formações rochosas vulcânicas que podem ser encontradas na localidade e que são particulares de Itapororoca. Parte do Parque na Nascença é construído dessas rochas.
![Rochas vulcânicas particulares de Itapororoca decorrem de antigo vulcão desativado na região — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/exFFH10to0zAKM4eY9yi6HzPaUs=/0x1741:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/l/r/aR1RyzR9eLqfhKWCAu0g/20221226-100635.jpg?resize=623%2C268&ssl=1)
Também é possível conhecer mais sobre a história do município em Curral Grande, na zona rural. Através de uma apresentação popular do presidente da associação de moradores, pode-se conhecer uma casa centenária do distrito e a antiga capela de Santo Antônio, fundada em 1943, além da instalação onde costumava ser um engenho de cana de açúcar.
![Capela de Santo Antônia foi fundada em 1943 — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/UFe-30jdbE6MB475o-WeV4fN6Gw=/0x313:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/3/a/8oejI1RDieK9vEIb5ifQ/20221226-105333.jpg?resize=561%2C503&ssl=1)
Dialogando com a cultura e tradição da cidade, em outra parada no Curral Grande, também pode-se conhecer a bodega de Biu Bau, que resgata em seu espaço objetos antigos para venda.
![Na budega do Biu Bau é possível encontrar objetos antigos, como a lamparina. — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/HhZVubA9_hesnHW31stoPZaENPY=/0x0:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/T/m/b7D0Z9Qf67zxRpVBd7Lg/20221226-114935.jpg?resize=598%2C449&ssl=1)
Em outra área rural de Itapororoca, no sítio Magalhães, é possível encontrar a típica comida nordestina sob o som do tradicional forró pé de serra. O restaurante de comida regional se chama ‘O cangaço’ devido à sua tematização e amor da proprietária pelo tema.
![Reustaurante possui comida regional, como com picado de bode e fava. — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/EtOnia4ZK6IeH0cetbYLeNjBdD4=/0x828:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/h/T/YUXwvBSiq44xjMB6jTfQ/20221226-122753.jpg?resize=630%2C460&ssl=1)
Itapororoca se destaca por sua produção de abacaxis. A cidade faz a Paraíba ficar entre os únicos três estados brasileiros produtores de abacaxi orgânico. Por isso, na rota cultural, não pode faltar o Sítio São José, onde fica o empreendimento de cultivo orgânico de abacaxis. Realizado por Tobias Lopes, a produção já abastece diversos supermercados em João Pessoa e Recife.
![Itapororoca é a única cidade da PB com produção orgânica de abacaxi — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/7FC_SHQRUZDSjrVX6o0SIvcCFtg=/0x301:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/6/7/3JWlO3T1SZjS8CfnSp8A/20221226-134922.jpg?resize=604%2C545&ssl=1)
Já na Trilha do Cangaço, que recebe este nome por lembrar a vegetação do Sertão, é possível ter acesso a uma linda vista à Barragem de Aruá e para a serpente do rio Mamanguape. O passeio conta com a apresentação do grupo ‘Os Cabras da Peste’, que encenam um xaxado ao ar livre.
![Na Trilha do Cangaço, xaxado ao ar livre encena o bando de lampião. — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/cD8qOW-IJtq7znLV1j6XG7WNWhQ=/0x0:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/n/7/Auiu8iSbSnrcDq9hDglA/20221226-152943.jpg?resize=640%2C480&ssl=1)
Para finalizar o dia, Itapororoca tem um dos pores-do-sol mais bonitos da zona da mata paraibana. No Sítio Ypioca, uma casa cultural oferece um ambiente tranquilo, com redes para descanso e música. Em breve, o local será um hotel-fazenda, com bangalôs e noites de vinho.
![No sítio Magalhães, têm redes para descanso e vista para o pôr-do-sol. — Foto: Lua Lacerda](https://i0.wp.com/s2.glbimg.com/ynQ2nL3hxu62CTWxlisODf5Gu5w=/0x0:4080x3060/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/o/g/QVIWXcSFi8SKDgmBIqrw/20221226-165149.jpg?resize=640%2C480&ssl=1)
A rota cultural de turismo ecológico em Itapororoca pode ser agendada através das redes sociais (acesse clicando aqui).