João Pessoa é a cidade da Paraíba com mais chuvas em 2021, segundo Aesa

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Chuvas em João Pessoa — Foto: Dayse Euzébio/Secom-JP

João Pessoa é a cidade paraibana que registrou o maior volume de chuvas durante todo o ano de 2021 (veja mais abaixo o ranking dos 10 municípios com mais chuvas, todos localizados no Litoral do estado). Os dados são da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) e indicam que, entre os meses de janeiro e dezembro do ano passado, as chuvas no município somaram cerca pelo menos 1.820,8 milímetros.

A capital paraibana também ocupou a lista de 10 municípios com mais chuvas com os resultados de outras estações de monitoramento. Na estação Mares foram registrados 1.479,8 milímetros. Já na CEDRES foram 1.382,0.

No mês de março, as fortes chuvas alagaram vários pontos da cidade. Já em maio, 20 famílias precisaram ser abrigadas em escolas porque tiveram as casas alagadas pelo alto volume de água. Em dezembro do ano passado, elas causaram o desabamento do teto de um bar.

Alhandra é a segunda cidade que soma os maiores índices pluviométricos do ano, com 1.737,2 milímetros de chuvas ao ano. A terceira é Lucena, com 1.539,2 milímetros.

Dez cidades da PB com mais chuvas em 2021

Cidade Quantidade de chuvas por milímetros
João Pessoa/DFAARA 1.820,8 mm
Alhandra 1.737,2 mm
Lucena 1.539,2 mm
João Pessoa/Mares 1.479,8 mm
Conde 1.444,5 mm
Bayeux 1.396,7 mm
João Pessoa/CEDRES 1.382,0 mm
Baía da Traição 1.299,6 mm
Marcação 1.258,0 mm
Pedra Branca 1.223,1 mm
Fonte: Aesa-PB

Campina Grande tem volume de chuvas quase 4 vezes menor do que o de João Pessoa

O volume anual de chuvas em Campina Grande foi de 491,6 milímetros, conforme os dados monitorados na estação da Embrapa.

A quantidade de chuvas registradas no município, situado no Agreste da Paraíba, é quase quatro vezes menor do que o notificado em João Pessoa.

Em março, pelo menos três famílias ficaram desalojadas por causa das chuvas na cidade. Já em maio, casas foram inundadas. Em dezembro, elas provocaram a queda do muro de um hospital.

Chuvas maiores do que o esperado para janeiro deixam 8 famílias desalojadas, em Campina Grande  — Foto: João Pedro Maciel/Arquivo pessoal
Chuvas maiores do que o esperado para janeiro deixam 8 famílias desalojadas, em Campina Grande — Foto: João Pedro Maciel/Arquivo pessoal

Sertão também teve fortes chuvas e registrou alagamentos

O Sertão paraibano quase entrou na lista de municípios onde mais choveu ao longo do ano. A cidade de Cajazeirinhas, por exemplo, recebeu 1043,8 milímetros de chuvas, 214,2 milímetros a menos do que Marcação, que ocupa a décima localidade com maior volume pluviométrico.

No mês de abril, Patos registrou alagamentos. O período chuvoso na região acontece, geralmente, entre os meses de fevereiro e maio, segundo a Aesa.

Previsão para primeiro trimestre de 2022 é de chuvas dentro da normalidade

As chuvas no primeiro trimestre de 2022 na Paraíba devem variar entre a apresentação normal para o período e acima da média histórica em algumas localidades. A previsão é da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), que divulgou o prognóstico na quinta-feira (23).

Segundo a Aesa, no Litoral, a média histórica para o primeiro trimestre é 354 milímetros de chuva. No Brejo, 276 mm. O Agreste deve ter 198 mm de chuva, o Cariri/Curimataú, 204 mm, o Sertão, 385 mm e o Alto Sertão 480 mm. Os meteorologistas do órgão consideram como faixa de normalidade uma variação de até 25%, para mais ou para menos, nestes valores.

Chuva na cidade de Patos, no Sertão paraibano — Foto: Denise Delmiro/TV Paraíba
Chuva na cidade de Patos, no Sertão paraibano — Foto: Denise Delmiro/TV Paraíba

De acordo com o prognóstico, em janeiro começa a pré-estação chuvosa no semiárido paraibano, que compõem regiões como Alto Sertão, Sertão e parte do Cariri/Curimataú. Fevereiro e março já fazem parte do início do período mais chuvoso dessas regiões. As demais regiões do Estado (Litoral, Brejo e Agreste), ainda permanecem fora do seu período mais chuvoso, o qual concentra-se entre os meses de abril e julho.

No mês de janeiro e início de fevereiro, é natural ocorrer maior variabilidade das chuvas com prováveis eventos significativos devido aos tipos de sistemas meteorológicos atuantes na região do Nordeste, principalmente pela atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos Níveis (VCAN).

A previsão foi realizada em conjunto por especialistas em meteorologia da Aesa, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos/Instituto de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) na Reunião de Previsão Climática para o Nordeste.

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