Juliette já foi apontada nas redes sociais por plagiar Milton Nascimento, Pabllo Vittar e Manu Gavassi; relembre
Foto: Divulgação
Por Bruna Couto
A polêmica envolvendo o lançamento da música “Magia Amarela“, de Juliette e Duda Beat, apontada como resultado de um suposto plágio do projeto “Amarelo”, de Emicida, segue repercutindo na internet. Mas essa não é a primeira vez que o público nas redes sociais levanta suspeitas de plágio nas obras da paraibana.
Pelo menos outras três produções de Juliette foram alvo desse tipo de polêmica.
O caso mais recente foi da música “Quase Não Namoro”, feita em parceria com a cantora Marina Sena e lançada há cerca de dois meses.
A segunda acusação foi em 2021, quando a artista lançou seu primeiro EP e internautas apontaram semelhanças com a capa da música “Indestrutível”, de Pabllo Vittar.
Já a terceira envolve o clipe de “Diferença Mara”, um dos hits do primeiro EP, que foi comparado com um vídeo de “Maria, Maria”, de Milton Nascimento.
Relembre abaixo os casos.
🎵 “Quase Não Namoro”
Quando lançou a música “Quase Não Namoro”, em agosto deste ano, internautas apontaram semelhanças com a tipografia do single “Gracinha”, de Manu Gavassi, lançada em novembro de 2021, meses após sair do Big Brother Brasil.
Na época, Manu chegou a falar sobre o assunto e afirmou que Juliette pediu desculpas pelo ocorrido.
“Quando comecei a ver essas referências visuais, quando vi a capa, eu fiquei sim chateada. A Juliette é uma pessoa maravilhosa, eu amo muito a Ju e ela me ligou antes de tudo sair, e foi de uma decência, de uma classe, de uma elegância, de um caráter, que poucas pessoas têm nesse meio. Sobre a equipe, tenho sim algumas coisas a falar. Não tem como você não prestar atenção, com o que os profissionais da sua área no mercado que é tão pequeno estão fazendo. Olhar para o lado, ver o que está acontecendo e cada um respeitar o outro assim eu acho bonito”, afirmou Manu em entrevista ao podcast Acessíveis Cast.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/9/J/RAyk9aRCyilZmaUVBmjg/fotojet-3-.jpg?resize=640%2C640&ssl=1)
🎙️Capa do primeiro EP
O primeiro EP de Juliette, cujo nome é o mesmo da cantora, foi apontado em 2021 por internautas como semelhante à capa de “Indestrutível”, de Pabllo Vittar.
Com a repercussão, a equipe de Juliette optou por mudar a foto.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/q/X/SJ4yVMQ1KMBB4B6iGjuw/pabllo-e-juliette.png?resize=640%2C429&ssl=1)
Mas não foi só a capa que os internautas questionaram. Três músicas do EP – “Doce”, “Sei Lá” e “Benzin” – teriam o mesmo nome que canções da banda brasileira de rock Boogarins.
💿Capa de “Ciclone”
A capa do mais recente álbum de Juliette, “Ciclone”, lançado em agosto deste ano, onde a cantora aparece coberta por um tecido, também foi apontada na internet com referência a uma foto da própria Duda Beat.
À época, Duda Beat – envolvida no caso mais recente de acusação de plágio com Juliette por parte dos internautas (veja mais abaixo) – não se pronunciou sobre o assunto.
🎶Milton Nascimento
Quando o clipe de ‘Diferença Mara’ foi lançado, em 2021, internautas sugeriram que a produção da cantora tinha cenas semelhantes ao clipe de ‘Maria, Maria’, lançado por Milton Nascimento três anos antes.
Na epóca, Milton Nascimento e Juliette não comentaram sobre a comparação.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/N/0/f0BBCESjymACl6m3VUdA/juliettexmiltonnascimento.jpg?resize=640%2C335&ssl=1)
🟨 Entenda polêmica envolvendo Juliette, Duda Beat e Emicida
A música “Magia Amarela“, parceria de Juliette com a pernambucana Duda Beat lançada na quarta-feira (18/10), se tornou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais após acusações de um suposto plágio do projeto “AmarElo”, de Emicida, lançado em junho de 2019.
A polêmica começou logo após o anúncio do single nas redes sociais da ex-bbb. Internautas apontaram semelhanças como o cenário fotográfico, a fonte da arte de divulgação e o conceito geral do trabalho.
Tanto que o irmão e produtor de Emicida, Evandro Fióti, se pronunciou sobre o assunto durante uma live feita no Instagram:
“Tem banda de artista branco que a gente encontra em todo lugar, que mal lançou um disco e que em um ano já ganhou um Grammy. A gente levou 12 anos para ganhar um Grammy. E o trabalho que a gente ganhou um Grammy acabou de ser roubado conceitualmente. Entendeu? Tem noção o ódio que gera? Tem noção a vontade que dá de botar fogo em tudo?”.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/t/9/bML8BEQqe6AtbIWBuM3Q/duda-beat-emicida-juliette-magia-amarela-amarelo.jpg?resize=640%2C360&ssl=1)
Nas redes sociais, ele ainda disse: “Sabe apropriação e tudo aquilo que a gente discursa sobre ética? Então, esse mercado tem bem pouco. Sem criticar as artistas que inclusive admiro. Mas nosso jurídico vai trabalhar”.
Em nota, Juliette informou que a música faz parte de uma campanha publicitária e que sua equipe está em contato com os responsáveis para esclarecimentos (leia na íntegra abaixo).
“Informamos que a música “Magia Amarela” faz parte de uma campanha publicitária e que Juliette foi contratada como uma das intérpretes para este trabalho audiovisual. A equipe da cantora está em contato com os contratantes responsáveis pela criação e produção da campanha para mais esclarecimentos”.
Em nota, a equipe de Duda Beat afirmou que ela e a equipe perceberam a semelhança da campanha com o projeto AmarElo de Emicida, mas que, na fase de negociação, o nome de Felipe Vassão – que é um dos autores do AmarElo – constava no escopo da campanha como autor da faixa comercial. A nota afirma que a exclusão dele do projeto não foi informada à artista e que, por isso, ficou entendido que havia consentimento dos idealizadores do projeto original para a produção do jingle.
“Somos expressamente contrários a qualquer evidência de plágio ou apropriação de ideia criativa sem o consentimento de seus autores legais”, diz a nota, que foi apagada das redes sociais pouco tempo depois da publicação.
About Author
