Justiça do México aceita acusações contra ex-procurador em caso de 43 estudantes desaparecidos
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Parentes dos 43 estudantes de Ayotzinapa desaparecidos há cinco anos exibem fotos dos jovens do lado de fora do escritório do procurador geral, na Cidade do México, na quarta-feira (25) — Foto: AP Photo/Rebecca Blackwell
Um juiz mexicano decidiu que há provas suficientes para ouvir as acusações contra o ex-procurador-geral do país Jesus Murillo em relação ao seu suposto papel no desaparecimento de 43 estudantes em 2014, e na investigação subsequente, disseram autoridades judiciais na quarta-feira (24).
Murillo, preso na sexta-feira (19/8) na primeira detenção de alto nível de um funcionário por envolvimento no caso, é acusado de tortura, desaparecimento forçado e obstrução de justiça.
Especialistas internacionais disseram que a investigação de Murillo está repleta de erros e abusos, incluindo tortura de testemunhas.
Murillo supervisionou o inquérito altamente criticado sobre o incidente em que 43 estudantes da Faculdade de Professores Rurais de Ayotzinapa desapareceram no estado de Guerrero, no sudoeste do país.
A prisão acontece depois que o principal investigador de direitos humanos do México chamou os desaparecimentos de “um crime de Estado” na semana passada, marcando um dos piores abusos de direitos humanos na história do país.