Justiça revoga prisão preventiva de guarda municipal suspeito de feminicídio em Bayeux
![](https://i0.wp.com/palavrapb.com/wp-content/uploads/2023/10/vitima-bayeux.jpg?fit=566%2C658&ssl=1)
Lidijane foi morta em Bayeux no último domingo (8), pelo companheiro — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução
A Justiça da Paraíba revogou a prisão preventiva de Marcos Antônio Alves Veras de Lima, suspeito de matar a companheira Lidijane Maria da Conceição com um tiro na cabeça. O caso de feminicídio aconteceu em outubro de 2023, no município de Bayeux, na Grande João Pessoa. A decisão foi divulgada na segunda-feira (11).
De acordo com a decisão, a prisão preventiva do suspeito está servindo de “cumprimento antecipado da pena”. O juiz Bruno César Azevedo Isidro, que assinou a decisão, destacou que apesar da permanência dos argumentos que justificaram a prisão preventiva, seria necessário ceder diante do excesso de prazo.
O magistrado afirma que embora não exista um prazo definitivo para manutenção da prisão cautelar, mantê-la seria “irrazoável”.
![Justiça manda soltar guarda municipal acusado de matar companheira - F5 Online](https://i0.wp.com/f5online.com.br/wp-content/uploads/2024/03/05d4683d93bc7939b65a0ddff969fe34.jpeg?resize=640%2C473&ssl=1)
A decisão determina medidas cautelares que devem ser cumpridas pelo suspeito:
- obrigação de comparecer a todos os atos do inquérito e do processo, sempre que intimado;
- proibição de ausentar-se da Região Metropolitana de João Pessoa por mais de trinta dias ou se mudar de endereço, sem prévia comunicação ao juízo;
- proibição de consumir bebidas alcoólicas, pública ou reservadamente, bem como de frequentar bares e quaisquer ambientes similares, até final julgamento de uma possível ação penal;
Relembre o caso
Lidijane Maria da Conceição, de 41 anos, foi morta com um tiro na cabeça, em outubro de 2023. O crime aconteceu em Bayeux, na Grande João Pessoa.
A Polícia Militar, ao chegar no local, encontrou a mulher caída em uma das suítes da casa e o companheiro dela, com quem tinham um relacionamento a cerca de seis meses, foi preso. O suspeito foi identificado como o guarda municipal Marcos Antônio Alves Veras de Lima.
Em depoimento, o suspeito afirmou que eles tiveram uma discussão. Ele foi encaminhado para a carceragem da Central de Polícia de João Pessoa.
A filha de Lidijane contou que o relacionamento entre a mãe e o suspeito se estendia pelos últimos 7 meses e não era saudável. Em entrevista à TV Cabo Branco, Jéssica Maria dos Santos, filha da vítima, contou que Marcos Antônio impediu que a mãe tivesse contato próximo com ela e também com os netos, desde o início do relacionamento entre os dois.
![Jéssica é filha de vítima de feminicídio na grande João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco](https://i0.wp.com/s2-g1.glbimg.com/J9a7Ow3AY4Et8pAc995NMb4ipJ8=/0x0:1506x739/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/N/m/6WdXxBQpaLd7Ai1bJAew/filha.jpg?resize=572%2C281&ssl=1)
O suspeito de matar Lidijane já foi condenado três vezes por porte ilegal de arma.