Lei de segurança nacional condena adolescentes em Hong Kong pela primeira vez

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Estudantes da Universidade chinesa de Hong Kong (CUHK) seguram os nomes de 12 detidos na China durante protesto em 19 de novembro de 2020 — Foto: Sharon Tam/Reuters

Por France Presse

Os primeiros menores de idade condenados em Hong Kong em aplicação da lei de segurança nacional foram levados no sábado (8) para um centro de detenção. Os jovens foram punidos por incentivarem a derrubada do governo chinês, de acordo com a justiça local.

Quatro adolescentes, de 16 e 17 anos, faziam parte de um grupo independentista pouco conhecido chamado “Returning Valiant”, que, no ano passado, defendia um levante violento contra a China, segundo o tribunal.

Os jovens foram acusados de “conspiração para incitar à subversão” em virtude de uma lei de segurança nacional imposta por Pequim para acabar com a dissidência após os protestos maciços, e às vezes violentos, em defesa da democracia em 2019.

O juiz Kwok Wai-kin disse no sábado (8) que as mensagens dos jovens poderiam incentivar os manifestantes pacíficos a agir com violência, mas admitiu que não havia provas concretas disso.

Os quatro adolescentes, cujos nomes não serão informados por serem menores de idade, se declararam culpados no mês passado, junto com outro acusado, Kwok Man-hei, de 19 anos.

Os cinco foram condenados a uma pena de três anos em um centro de formação, um estabelecimento dedicado à ressocialização para jovens de 14 a 20 anos.

O movimento pró-democrático, que chegou a mobilizar grande parte da população de Hong Kong, foi sufocado pela lei de segurança nacional e acusações de crime de sedição.

Mais de 200 pessoas foram detidas em virtude dessa lei e cerca de 130 foram denunciadas formalmente, em sua maioria por suas opiniões ou discursos políticos.

Outros integrantes da Returning Valiant estão sendo processados por um suposto plano para utilizar uma bomba, já que a polícia os acusa de tentativa de fabricação de um explosivo potente.

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