Lula diz que vai recolocar o Brasil no centro da geopolítica mundial

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Lula. Foto: Reprodução

Por Rebeca Borges

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito, afirmou, na quinta-feira (10/11), que pretende recolocar o Brasil no “centro da geopolítica mundial”. A declaração foi feita durante reunião com parlamentares de 14 partidos, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da transição de governo.

Na próxima segunda-feira (14/11), o político embarca para o Egito, onde participará da 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU), a COP 27. O evento teve início no último domingo (6/11) e contará com a participação de representantes de mais de 150 países.

Em discurso nesta quinta, Lula ressaltou os planos de manter diálogos com líderes internacionais e de reaproximar o Brasil de outras nações. Durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), as relações brasileiras com outros países foram marcadas por crises.

Ele aproveitou para alfinetar Bolsonaro.

“Estou viajando segunda-feira (14/11) para o Egito. Vou ter mais conversas com líderes internacionais em um único dia do que o Bolsonaro teve em quatro anos. Uma das coisas que vamos fazer é recolocar o Brasil no centro da geopolítica internacional”, afirmou.

O presidente eleito citou conversas que teve com presidentes de diversos países após o anúncio de sua vitória nas urnas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 30 de outubro. Segundo Lula, a chegada de um novo governo gera “expectativas” no mundo.

“Vocês não têm noção da expectativa que o Brasil está gerando no mundo. A expectativa é tão grande que o [Vladmir] Putin [presidente da Rússia] ligou, o [Volodymyr] Zelensky [presidente da Ucrânia] ligou. Em um único dia, eu recebi 26 telefonemas, coisa que o Bolsonaro talvez não tenha recebido nenhum”, disse.

Lula na COP27

Além dos enviados pelo governo federal, a presença do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de aliados é esperada no encontro.

Durante a COP26, em Glasgow, no Reino Unido, o governo do presidente Jair Bolsonaro, que se encerra no dia 31 de dezembro de 2022, fechou acordos importantes para proteção do meio ambiente, como a neutralização de dióxido de carbono até 2028, redução das emissões de metano em até 30% e o compromisso para reverter a perda florestal e a degradação do solo até 2030.

Entretanto, a gestão atual não executou ações concretas para cumprir os acordos e chega ao Egito sem apresentar bons resultados sobre a preservação do meio ambiente e a redução de gases de efeito estufa.

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