Lula nunca prometeu que não haveria aumento de combustível no país, diz Prates

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Jean Paul Prates. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

por Paulo Moura

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, reforçou, ontem (16), que não há interferência do governo federal em relação a reter ou reajustar o preço dos combustíveis.

O executivo afirmou que conversa regularmente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com ministros, e que o diálogo aberto com o governo não se traduz em decisões artificiais de precificação.

“O presidente Lula nunca prometeu que não haveria aumento de combustível no país”, afirmou Prates durante audiência pública conjunta das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional do Senado Federal.

Segundo Prates, a promessa do governo em relação ao preço dos combustíveis durante a campanha era trazer uma política que pudesse controlar a volatilidade no mercado, bem como um avanço na eficiência do processo de precificação, o que se traduziu no discurso de “abrasileirar os preços”, ou seja, decidir os valores dos combustíveis considerando a realidade operacional no país, algo que não acontecia antes, de acordo com ele.

O executivo mencionou que a Petrobras não tem poder de decisão sobre os preços no Brasil, pois é definido pelo livre mercado, apontando a concorrência da estatal com a iniciativa privada, embora tenha reconhecido a influência da petroleira.

Prates defendeu que a política de preços da Petrobras é transparente. E se queixou das críticas que a estatal recebe em relação à falta de detalhes sobre os critérios de precificação dos combustíveis.

O presidente da Petrobras também disse não reconhecer nenhum sinal de desabastecimento de diesel. “Não há sinal nenhum da nossa parte, nossos controles”, afirmou após participar de audiência pública no Senado.

Prates disse que, com o reajuste do preço do diesel anunciado nesta terça-feira haveria menos razões ainda para temer um desabastecimento do combustível. “Ainda mais que reajustamos, então tem menos razão ainda pra ter gente represando diesel ou tendo algum problema de desabastecimento”, afirmou.

 

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