Lula sanciona lei que torna profissionais de saúde os agentes comunitários e os agentes de combate às endemias; veja vídeo

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Lula. Foto: EFE/ Fernando Bizerra

Por Mariana Costa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, na sexta-feira (20/1), o Projeto de Lei 1802/2019, que reconhece os agentes comunitários e os agentes de combate às endemias como profissionais de saúde. A medida também regulamenta as profissões.

A sanção alterou a Lei 11.350/06, que regulamenta as atividades dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias.

A cerimônia aconteceu no Palácio do Planalto e contou com a presença da ministra da Saúde, Nísia Trindade; o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo; a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck; o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha e o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Seguridade Social da CUT, Sandro César.

Veja vídeo da cerimônia:

“O PL assinado nesta sexta (20/1) é mais um passo essencial na garantia de direitos, ao estabelecer que estes agentes são profissionais de saúde, sublinhando seu papel fundamental na dinâmica da Saúde da Família e do Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse a Secretaria de Comunicação da Presidência em nota.

O ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macedo, considerou que a sanção valoriza os profissionais, que “são os mais próximos das famílias brasileiras”.

“Quero dizer que a vida é feita de simbolos e hoje tem um simbolo importante. Em 2006, o senhor [Lula] regulamentou essa profissão e hoje volta a transformá-la em uma profissão da saúde, oficializando e protegendo por lei esses profissionais extraordinários no SUS [Sistema Único de Saúde] do nosso país. Os agentes são os que estão mais próximos das famílias que atendem nos momentos mais difícies e delicados”, disse.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, reforçou o papel dos profissionais junto à população. “Queria destacar o papel dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias, reforçando o seu papel como agentes de saúde e como agentes que podem acompanhar mais de perto a nossa população, contribuindo para o cuidado integral e constribuindo para a atenção primária de saúde”, salientou.

O presidente Lula, em sua fala, disse que a pauta pode não parecer importante para quem não mora em regiões que têm grande incidência de mosquitos, o que propicia o aparecimento de doenças como a dengue, mas quem habita essas regiões “sabe da importância” da sanção.

“Quem mora nessas regiões, sabe da importância do nossos queridos ‘mata-mosquito’. Queridos e queridas, parabéns pela conquista. A luta é que faz a lei e, sem luta, a gente não conquista nada”, disse o chefe do Executivo após a sanção da pauta.

Projeto

O projeto de lei foi apresentado em 2019, pelo deputado federal Afonso Florence (PT/BA), e tem como principal objetivo, segundo o texto, dirimir questionamentos que remanescem nos estados brasileiros acerca da natureza da atuação profissional desempenhada pelos agentes.

Embora a Constituição Federal vede o acúmulo de duas funções públicas, no caso dos profissionais de saúde e professores, há exceções. Com isso, sancinado o PL, os agentes de saúde poderão acumular cargo, desde que haja compatibilidade de horários e se observe o teto remuneratório constitucional.

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