Mãe de jovem atropelado por Krupp: “Sentimento de injustiça”

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Mariana, mãe de jovem morto por Bruno Krupp. Foto: Reprodução/TV Globo

Por Monique Mello

Mariana Lima, mãe do adolescente que morreu após ter sido atropelado por Bruno Krupp, deu declarações após a Justiça decidir pela soltura do modelo. Ela concedeu uma entrevista à Record TV Rio, na quarta-feira (29).

O atropelamento aconteceu em julho de 2022. Mariana disse ter um sentimento de injustiça.

– É muito difícil mesmo [o dia de hoje]. Não tem um dia que seja mais fácil. A diferença é que tento fazer melhor, continuar, mas é um sentimento de muita injustiça. Meu filho não volta, não tem medida cautelar para mim, não tem relaxamento de prisão para mim. É uma prisão eterna não ter o seu filho mais na sua vida. Ninguém faz ideia de como seja difícil isso para continuar sobrevivendo. E, talvez, em cima disso tudo, as pessoas acabem tomando decisões que, de alguma forma, façam sentido para elas. Mas não faz o menor sentido para mim. O preço foi muito alto para mim. Não tem nenhuma sentença que tire essa dor do meu coração – desabafou.

Ela contou que continua precisando de calmantes e ainda não conseguiu voltar para a própria casa. Ela fica emocionada sempre que precisa ir ao imóvel onde morava com o filho, que se chamava João Gabriel Cardim Guimarães.

Bruno, que estava preso desde agosto do ano passado após atropelar e matar o adolescente de 16 anos, foi solto na tarde desta quarta. A decisão foi do ministro Rogerio Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado acolheu uma alegação da defesa de Krupp de que ele estaria sofrendo coação ilegal pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

No pedido levado ao STJ, os advogados do modelo sustentaram que o Tribunal fluminense não teria analisado os pedidos de soltura de Krupp com atenção e, além disso, teria descartado informações novas, como o fato do modelo ter deixado de ser réu em um processo em que era acusado de estelionato.

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