Mãe grava áudio e denuncia escola particular por maus-tratos contra filho autista; instituição se pronuncia

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Mãe denuncia escola por insultos contra filho autista em São Paulo; instituição se pronuncia — Foto: Reprodução Facebook

A mãe de uma criança autista afirma que o filho de 5 anos foi vítima de maus-tratos em uma escola particular, na região de Aricanduva, na zona leste da capital paulista. Um gravador colocado dentro da mochila do menino teria registrado uma funcionária insultando a criança e incentivando que outra criança “bata” nele.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a mãe da criança registrou um boletim de ocorrência, no dia 18 de junho, na Delegacia da Pessoa com Deficiência, contra a escola geração 2000, após obter uma gravação dentro da instituição. No áudio, uma das funcionárias chama a criança de “porco nojento”.

Em nota enviada ao GLOBO, a Geração 2000 afirmou que “os supostos áudios obtidos por gravador disposto na mochila do aluno não foram levados ao conhecimento da equipe gestora da unidade educacional e também foram feitos sem o consentimento de quaisquer dos envolvidos, o que fere o direito da empresa ao contraditório para correta e justa manifestação a respeito.

A instituição de ensino ressaltou ainda que a “responsável pelo aluno não procurou a escola diretamente para relato das suas queixas e preocupações”. A reclamação da mãe do aluno foi apresentada à equipe gestora, segundo o comunicado, no último dia 20, através da Diretoria Regional de Educação do Município de São Paulo. E que desde então, os pais não compareceram à unidade escolar para esclarecimentos.

O caso é investigado por meio de um inquérito policial instaurado pelo 41º Distrito Policial (Vila Rica). A polícia afirmou ainda, que nesta segunda-feira, pais que realizavam uma manifestação em frente a escola registraram um novo boletim de ocorrência em razão de ameaças sofridas durante o ato. As ocorrências foram registradas como injúria, maus-tratos e ameaça.

O caso

A mãe do menino, Daiani da Silva Reis, de 30 anos, passou a desconfiar da escola, segundo o site Metrópoles, após o comportamento da criança de não querer ir à escola. Desconfiada, ela resolveu colocar um gravador dentro da mochila dele. Ao chegar em casa, ela pode ouvir os insultos e dias depois, procurou a delegacia, onde registrou um boletim de ocorrência.

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