Marcius Melhem revelou, em entrevista à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, que pensou em suicídio após as acusações de assédio que recebeu – o ator, recentemente, tornou-se réu por assédio sexual. Mesmo que a Justiça tenha acatado a denúncia do Ministério Público em agosto, o ator insiste em dizer que não teme ser preso.
“É uma dor que não passa. Você quer gritar para o mundo que não é aquela pessoa, que não fez aquilo, que tem provas. Mas ninguém quer te ouvir”, afirma Melhem. O humorista diz ainda que, desde que esses pensamentos vieram à tona, optou por fazer psicoterapia todos os dias.
A grande questão para Melhem, segundo ele, é que a denúncia balançou a fé que ele tinha ao buscar a Justiça. Ele se sente impotente, considerando que se diz responsável por judicializar o caso, já que ele entrou com um processo contra Dani Calabresa em janeiro de 2021, após as acusações contra ele chegarem à imprensa no final de 2020.
“É por isso que me dá desespero. Eu vejo que a coisa não para. Quantas mentiras eu tenho que provar para encerrar esse caso? As oito que me acusam são amigas, se conhecem, são de um mesmo grupo. Fica escancarado que houve uma combinação. Em crimes sexuais, lutou-se muito para que a palavra da mulher tivesse força de prova. Por isso você não pode mentir”, diz Marcius Melhem.
O humorista diz se sentir injustiçado e afirma que o que fizeram com ele foi “desumano”: “Mesmo numa guerra, há regras de humanidade. O que fizeram comigo foi desumano. Uma execração pública sem nenhuma prova, sem nenhum nome. É uma covardia muito cruel (…) eu provo que a Dani Calabresa mente e ninguém nunca vai perguntar para ela por que ela mentiu. Você [a colunista] está aqui me perguntando milhões de coisas. Mas ninguém nunca pergunta nada a elas”.