Menina acusa promotor de agressão na porta da escola em Minas Gerais

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João Paulo Fernandes. Foto: Reprodução

Por Maria Eduarda Portela

O promotor João Paulo Fernandes, do Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), é suspeito de agredir uma aluna, de 11 anos, na porta da Escola Estadual Afonso Arinos, em São Romão, no interior de Minas Gerais. O caso teria acontecido na última terça-feira (5/9).

Em entrevista ao site Metrópoles, a mãe da estudante disse que a filha tinha acabado de chegar na escola e estava na porta da instituição aguardando o início das aulas quando o promotor se aproximou da jovem e a agrediu.

“Ela estava na porta da escola e ele [o promotor] estava fazendo caminhada, nesse horário de 6h55, horário que o ônibus chega. Ele chegou e falou com ela para entrar no colégio, quando ela levantou para poder entrar o sinal bateu. Ela ia entrar, mas ele pegou no braço dela, pegou na trança dela e ficou falando que ele é promotor”, relembra a mãe, que não será identificada na reportagem para preservar a filha.

Segundo a mãe da criança, os outros alunos que presenciaram a cena pediram para ele soltar a jovem. “Ele soltou a trança dela e a jogou ela na escada”, afirma.

A família da menor registrou um boletim de ocorrência contra o promotor e a jovem passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) do município. De acordo com o documento, João Fernandes também teria rasgado a mochila de outro aluno da escola.

Investigação

A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais esclareceu que o caso aconteceu na área externa da escola e que todos os estudantes envolvidos foram acolhidos pela gestão da unidade e não necessitaram de atendimento médico.

Além disso, a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Pirapora, responsável pela coordenação da escola, acompanha o caso e está em contato com as famílias dos estudantes. O caso foi encaminhado também ao Conselho Tutelar do município e, no âmbito criminal, a Polícia Civil investiga o caso.

Outro lado

Em nota, o promotor João Paulo Fernandes informou que os estudantes estavam fugindo da escola no momento da confusão e que ele se viu obrigado a agir e orientar os estudantes a entrarem na unidade de ensino.

“A orientação não foi bem recebida e ocorreu reação desinteligente de alunos que se negaram a deixar as ruas e adentrar a escola. Em consequência, foi necessário advertir os alunos da obrigação escolar, o que foi devidamente explicado aos pais dos alunos que desejaram esclarecimento’, informou o promotor.

Esta reportagem entrou em contato com o MPMG sobre o caso, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Manifestação

A família dos alunos realizaram um protesto na quinta-feira (7/9) na porta da unidade do Ministério Público no município contra a ação de João Paulo Fernandes.

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