Merck pede autorização do FDA para uso de comprimidos contra a Covid-19

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© BananaStock/Thinkstock/VEJA

A farmacêutica Merck (ou MSD, no Brasil) solicitou nesta segunda-feira, 11, ao Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória para remédios e alimentos dos Estados Unidos, a aprovação para o uso emergencial de seu medicamento Molnupiravir contra a Covid-19. O pedido é para que a medicação seja usada no tratamento da doença em suas formas leves e moderadas, em pacientes adultos que correm o risco de evoluir para um quadro grave ou que necessitem de internação. Caso a farmacêutica obtenha a autorização, o remédio será o primeiro em formato de comprimido para tratar a Covid-19. Todos os outros tratamentos validados pela agência americana são feitos por meio de vias intravenosas.

No dia 7 de outubro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que participará de um estudo internacional com o medicamento, que pretende verificar se ele é eficaz em evitar a transmissão do vírus em pessoas expostas ao novo coronavírus, já que ele impede a replicação viral e tem potencial de ação em diversos vírus RNA, inclusive o SARS-CoV-2.

Um outro estudo recente com o Molnupiravir – a princípio pensado para o tratamento da gripe – demonstrou resultados bastante positivos. Utilizado como terapia nos primeiros cinco dias de sintomas da Covid-19, reduziu em 50% o risco de morte e internações entre adultos não hospitalizados com as manifestações leve e moderada da doença.

A liberação pelo FDA pode levar algumas semanas até a avaliação completa dos dados enviados pela empresa para testar a segurança e eficácia do remédio, mas já é vista como um primeiro passo por especialistas, que desde o começo da pandemia buscam e defendem um tratamento com comprimidos para a doença.

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