Mestre de obras morto durante acidente em escola é velado em capela que ele construiu, na PB
O corpo do mestre de obras, que morreu após o desabamento de um ginásio em construção na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Senador Argemiro de Figueiredo, está sendo velado nesta quinta-feira (4), em uma capela que ele mesmo construiu há cerca de 30 anos, no bairro do Pedregal, em Campina Grande.
Paulo Alves Azevêdo tinha 60 anos. O homem que era querido no Pedregal, onde morava, deixa cinco filhos e a esposa.
“Ele era muito conhecido aqui. O povo gostava muito dele”, disse um amigo da vítima em entrevista ao Bom dia Paraíba.
O enterro do mestre de obras está previsto para acontecer por volta das 16h, em um cemitério da cidade.
O acidente que matou Paulo aconteceu na tarde da quarta-feira (3) e deixou outros seis homens feridos.
Segundo a Polícia Militar, todas as vítimas eram trabalhadores que atuavam na obra. Conforme os bombeiros, os pedreiros estavam fazendo a cobertura do ginásio esportivo da escola, quando a estrutura não aguentou e desabou. A estrutura caiu em cima do mestre de obras que não resistiu e morreu ainda no local.
As seis pessoas feridas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhadas para o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Duas delas receberam alta médica. O estado de saúde de todos os outros quatro que permanecem no local é estável.
A Polícia Civil deve fazer uma perícia para identificar as causas do acidente. Mas, por enquanto, acredita que o caso se trate de uma fatalidade.
Em nota, a Suplan comunicou que está prestando toda a assistência aos trabalhadores envolvidos no acidente. O órgão também informou que o acidente aconteceu após a manobra do guindaste que montava a estrutura do ginásio e que uma perícia está sendo feita para apurar as responsabilidades do acidente.
O Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB) vai investigar o desabamento. “Nós determinamos a abertura de um procedimento de investigação para apurar com precisão as circunstâncias que se deu esse lamentável episódio, bem como promover as responsabilidades”, disse o procurador do trabalho, Marcos Almeida.