Moro cita Matsunaga e Pádua: “Legislação penal barateia vida”

Sergio Moro. Foto: Fábio Vieira
Por Paulo Moura
Na sexta-feira (24), o senador eleito pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), criticou o Código Penal brasileiro. Ele se manifestou por meio das rede sociais.
Moro citou casos como o de Elize Matsunaga e Guilherme de Pádua. Segundo ele, é pouco condenar alguém a “sete anos de prisão em regime fechado por assassinato”.
O senador eleito defendeu que a legislação penal precisa ser reformada.
– Sete anos de prisão em regime fechado por assassinato (Pádua, Matsunaga). É muito pouco, a legislação penal brasileira barateia a vida e precisa ser reformada – escreveu.
MATSUNAGA
Em liberdade condicional desde maio de 2022, Elize Matsunaga se tornou motorista de aplicativo em Franca, no interior de São Paulo. Ela foi condenada em 2012 por ter matado e esquartejado o marido Marcos Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki Alimentos.
A informação foi divulgada pelo perfil no Instagram chamado Mulheres Assassinas, criado pelo jornalista Ulisses Campbell, autor do livro Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido. Ele também publicou livros sobre Suzane von Richthofen e Flordelis.
De acordo com Ulisses, Elize trabalha com três aplicativos de viagens, usando o nome de solteira Elize Araújo Giacomini. Sua nota de avaliação dos passageiros é 4.80.
Matsunaga foi condenada a 19 anos e 11 meses de prisão. Em 2019, no entanto, teve a pena reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para 16 anos e três meses.
A formação de Elize inclui curso superior completo em Contabilidade, bacharel em Direito e técnica em Enfermagem.
GUILHERME DE PÁDUA
O ex-ator Guilherme de Pádua, que matou a atriz Daniella Perez, em 1992, morreu em novembro de 2022 após sofrer um infarto. Ele foi condenado em janeiro de 1997 a 19 anos de prisão, mas precisou cumprir apenas seis anos e quatro meses – um terço da pena – para receber liberdade condicional. A saída dele da prisão aconteceu em outubro de 1999.