O Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito civil, na terça-feira (24/8), para investigar se dois coronéis da Polícia Militar cometeram ato de improbidade administrativa ao convocar policiais para a manifestação política de 7 de setembro. A informação é da GloboNews.
Os alvos são Aleksander Toaldo Lacerda, coronel da ativa e ex-chefe do Comando de Policiamento do Interior-7 – afastado do cargo segunda-feira (23/8) pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB) –, e Ricardo Nascimento de Mello Araújo, coronel da reserva, ex-comandante da Rota e atual presidente da Companhia de Entrepostos e Armazéns de Entrepostos Gerais de São Paulo (Ceagesp).
Pelas redes sociais, Lacerda e Araújo convocaram policiais militares e funcionários da Ceagesp para manifestação no dia 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A conduta é vedada pela corporação.
Lacerda também teria chamado Doria de “cepa indiana”, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM), de “covarde”, e o deputado Rodrigo Maia, nomeado para a secretaria de Projeções e Ações Estratégicas do Estado de São Paulo, de beneficiário de um esquema “mafioso”.
O caso levou Doria a afastar o coronel, sob a justificativa de que não admitirá postura de indisciplina e manifestações de ordem política de policiais militares na ativa. Pelo próprio regulamento da corporação da Polícia Militar, policiais são proibidos de participar ou promover atos político-partidários.
Fabiana Maluf