MPT identifica situações precárias de trabalho em sítio na PB após denúncias de trabalhadoras

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Operação investiga o risco do uso de agrotóxicos para a saúde dos trabalhadores do local. Pulverizador desenvolvido com a adaptação de motocicleta foi interditado.

MPT identifica situações precárias de trabalho em sítio na PB após denúncias de trabalhadoras — Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal

Uma operação identificou situação precária de trabalho em um sítio localizado no município de Boqueirão, no Cariri da Paraíba, na quarta-feira (13). A ação foi montada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para investigar o risco do uso de agrotóxicos para a saúde dos trabalhadores do local, após duas mulheres terem passado mal e denunciado a situação em um posto médico.

Pelo menos 20 pessoas trabalhariam no local, a maioria de Boqueirão, mas também da Bahia e de Pernambuco.

De acordo com a assessoria de comunicação do MPT, os trabalhadores não tinham carteira assinada e estão expostos aos riscos provocados pela utilização de agrotóxicos, que estariam sendo manuseados de maneira totalmente irregular. Mesmo assim, o cenário encontrado não configura uma situação análoga à escravidão, segundo o órgão.

Um pulverizador utilizado no sítio teria sido desenvolvido com a adaptação de uma motocicleta. O equipamento foi interditado.

Segundo o procurador Raulino Maracajá, também foi constatado o transporte irregular de trabalhadores. “Eles eram transportados sem segurança na carroceria de uma camionete”, destacou.

Ainda segundo Raulino, o MPT pode ajuizar uma ação civil pública caso os proprietários não corrijam a situação de irregularidades no prazo estabelecido pelo órgão.

O Ministério Público do Trabalho informou que vai continuar com as investigações sobre a atuação na plantação. Uma audiência foi marcada para o próximo dia 25 de outubro para, quando será apresentado um relatório com todas as irregularidades identificadas.

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