Mulher que atacou judia na BA é chilena; Justiça a proíbe de deixar cidade

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Vídeo: mulher ataca comerciante judia na Bahia: “Assassina de criança”

A Justiça da Bahia acatou, na tarde de domingo (4), o pedido da Polícia Civil para que a mulher que atacou uma comerciante judia em Arraial d’Ajuda (Bahia) não deixe a cidade enquanto o caso está em investigação.

O que aconteceu

Ana Maria Leiva Blanco, suspeita do ataque antissemita contra Herta Breslauer, é chilena. Ela prestou depoimento na manhã de domingo (4).

Blanco foi liberada porque não houve flagrante, informou o delegado Paulo Henrique de Oliveira. Ela é investigada pelos crimes de racismo, injúria, grave ameaça, dano qualificado e tentativa de agressão.

O juiz Armando Duarte Mesquita Junior determinou quatro medidas cautelares. São elas: comparecimento bimestral à Justiça, em 6 meses, para informar atividades; proibição de acesso à loja da comerciante atacada; proibição de manter contato com a vítima e proibição de deixar a cidade, sob pena de prisão preventiva.

O Ministério Público da Bahia também se manifestou favorável às medidas cautelares.

O portal tenta contato com Ana Maria sobre a investigação e as medidas cautelares. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

Tapa no rosto

Herta passou por exame no IML (Instituto Médico Legal) para a constatação de possíveis lesões decorrentes de um suposto tapa no rosto. “Ainda que não se constatem lesões, aconteceu a via de fato, uma contravenção penal devido ao tapa que ela recebeu”, declarou a advogada da comerciante, Lilia Frankenthal.

O delegado Paulo Oliveira disse que o laudo não atestou lesões e que a autora dos ataques nega agressão física. Ela também afirmou em depoimento que toma remédios controlados e que já conhecia a vítima.

Ana Maria ainda alegou que foi provocada pela comerciante, sendo chamada de terrorista e acusada de ter abandonado um filho.

A advogada Frankenthal confirmou que as duas se conhecem há anos. “Os filhos das duas são amigos de infância. Elas não são amigas, mas já se conheciam. Consta que algum tempo antes desse fato elas tiveram uma discussão sobre a guerra de Israel, mas nada relevante e depois disso não se falaram.”

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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