Mulher reclama de produto vencido e é vítima de racismo
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© Fornecido por Catraca Livre
Na última sexta-feira, 19, ao questionar um produto que estava vencido, a bancária Raphaella Ribeiro, de 24 anos, foi vítima de injúria racial. O caso de racismo ocorreu em um mercado de Anápolis (GO).
A vítima gravou as ofensas da dona do estabelecimento e a irmã divulgou nas redes sociais.
“Olha a sua cor. É por isso que você é assim”, diz a mulher. “Vai embora, satanás”. Abaixo, assista ao vídeo:
Minha irmã comprou ontem um salaminho em um estabelecimento de Anápolis, e ao verificar que estava vencido pediu o dinheiro de volta. Porém devido a sua COR a proprietária passou a deferir palavras racistas contra ela. @_toexausta . ATÉ QUANDO NÓS TEREMOS QUE AGUENTAR ISSO!! pic.twitter.com/NiCdS49K1i
— βnia (@BethRibeir0) November 20, 2021
Quando a polícia chegou ao local, a comerciante confirmou o ocorrido e repetiu as ofensas. Ela foi presa em flagrante e solta após pagar fiança.
Devido a grades de proteção, os clientes fazem o pedido do lado de fora, sem contato com a mercadoria. Ao pagar pelo salaminho, ela percebeu que o produto estava vencido desde outubro.
Como denunciar racismo
Casos como esses estão longe de serem raros no Brasil. Para que eles diminuam, é fundamental que o criminoso seja denunciado, já que racismo é crime previsto pela Lei 7.716/89. Muitas vezes não sabemos o que fazer diante de uma situação como essa, nem como denunciar, e o caso acaba passando batido.
Para começar, é preciso entender que a legislação define como crime a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.
A denúncia pode ser feita tanto pela internet, quanto em delegacias comuns e nas que prestam serviços direcionados a crimes raciais, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.