Na China, Lula quer criar grupo para discutir a “paz mundial”

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Lula. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Marcos Melo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na quinta-feira (6), que falará com o presidente da China, Xi Jinping, em encontro previsto para a próxima semana, sobre a necessidade de acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

Ao abordar o assunto em encontro com jornalistas durante a manhã de quinta-feira, Lula disse que espera, quando voltar da viagem ao país asiático, ter criado um grupo de trabalho para discutir a paz mundial.

De acordo com o presidente, não há justificativa para a permanência da guerra, que completa mais de um ano. Ao defender a integridade territorial da Ucrânia, Lula reiterou sua discordância com a invasão da Rússia.

Na esteira da sua fala sobre o tema, o petista também responsabilizou, em parte, os países desenvolvidos que, em sua visão, não deveriam ter entrado no conflito “sem antes gastar um bom tempo tentando negociar”. Para Lula, “a paz é mais complicada que a guerra”, e emendou: “A guerra é um desejo insano, mas a paz tem que ser construída”.

O petista comparou a construção de uma guerra com a de uma greve e destacou ser preciso aparecer alguém “com coragem de parar a greve”.

– Estou convencido que tanto Ucrânia quanto Rússia estão esperando alguém de fora para sentar e conversar – disse.

Diante disso, Lula afirmou que aproveitará seu encontro com Xi Jinping para debater o assunto, tendo em vista a relação próxima que a China tem com a Rússia. O petista disse estar propondo uma convocação de “uma espécie de G20” para tratar sobre o assunto.

– Espero que quando eu voltar da China, vamos ter criado grupo para discutir paz – afirmou Lula, dizendo estar “confiante” sobre o tema.

Ele afirmou que “precisamos encontrar uma solução”, emendando que também irá buscar conversar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

*AE

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