Na véspera da eleição, Bolsonaro autoriza nomeação de aprovados na PF

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Foto: Divulgação/Polícia Federal

Por Mariana Costa

Dois dias antes do primeiro turno das eleições, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), autorizou novas nomeações de até 561 aprovados no concurso da Polícia Federal (PF). A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da sexta-feira (30/9).

De acordo com a Lei Eleitoral, o presidente em exercício não pode fazer nomeações “nos três meses que o antecedem a eleição e até a posse dos eleitos”. Contudo, o governo poderou que “há exceções” e que a medida é necessária para o “funcionamento inadiável de serviços públicos”.

“O decreto autoriza a nomeação dos candidatos aprovados cujo curso de formação encerrou em 2 de setembro de 2022. O número exato de candidatos a serem nomeados com base no ato depende ainda de vários fatores (desistências, candidatos sub judice, etc), mas pode chegar a 561, entre delegados, agentes e escrivães”, diz o texto.

Eleição, posse e período de férias férias

De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, as nomeações serão feitas levando em consideração o período eleitoral. O governo ainda cita a necessidade de garantir segurança durante a posse presidencial, em 1º de janeiro, e o monitoramento de entrada e saída de cidadãos durante o período de férias.

“Devido às demandas do período eleitoral, às demandas decorrentes da presença de autoridades estrangeiras na posse [presidencial] em 1º de janeiro, às demandas de controle de ingresso e saída do país no final do ano e período de férias, além de outras questões, a não nomeação imediata comprometeria o funcionamento inadiável da Polícia Federal”, explica o comunicado.

O portal questionou a Secretaria-Geral da Presidência da República e o Ministério da Justiça e Segurança Pública acerca das despesas com a medida, mas até a última atualização desta reportagem não obteve resposta. O espaço segue aberto.

 

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