Nova embaixadora dos EUA deve ser pedra no sapato de Bolsonaro

Por Fernando Lavieri

Elizabeth Bagley será a nova embaixadora dos EUA no Brasil. A indicação foi feita pelo presidente Joe Biden na quarta-feira 19. Elizabeth é uma empresária dona da Arizona, uma empresa de comunicação e venda de celulares. Ela tem longos anos de trabalhos prestados ao partido Democrata no setor de advocacia e diplomacia.

Elizabeth foi assessora-Sênior de três secretários de Estado; no governo de Barack Obama ela assessorou John Kerry e Hillary Clinton, durante a administração Bill Clinton, trabalhou com Madeleine Albright, além de contribuir financeiramente com as candidaturas dos principais caíques da legenda. Elizabeth também esteve à frente da Assembleia – Geral das Nações Unidas, como representante especial para Parcerias Globais além de ter sido embaixadora de Portugal.

A atual gestão da Casa Branca tem pouca ou nenhuma interlocução com o governo Jair Bolsonaro, na verdade, Biden deve ter náuseas só de ouvir falar no colega brasileiro, dado o seu relacionamento com o ex-presidente Trump. Aliás, a recíproca é verdadeira, Bolsonaro não suporta o norte-americano. Apesar do pouco conhecimento em América Latina, Elizabeth Bagley terá papel importante em um ano de eleições, principalmente no debate ambiental.

Ela é próxima Jonh Kerry, homem forte do governo para assuntos do clima. Além disso, a parceria entre Kerry e Biden vem de longa data e o presidente é muito influenciado por Kerry. Dessa forma, pode-se entender que Elizabeth Bagley terá ligação direta com Biden. Por parte do governo brasileiro, o que se espera é mais do mesmo. Não há o mínimo interesse em Jair Bolsonaro na preservação da Amazônia, e nem dos outros biomas nacionais, a única coisa que essa gestão pensa em relação aos assuntos ambientais é “deixar passar a boiada”.