O feitiço volta-se contra o feiticeiro, mas Olavo de Carvalho não liga

Por Ricardo Noblat

Há limites para tudo! Chamar de comunista o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho, guru – ou a essa altura ex-guru – da família Bolsonaro, só depõe contra a inteligência dos que o fazem. E tem muita gente dizendo isso dele nas redes sociais desde que Olavo deu por perdida a reeleição do presidente Bolsonaro.

“Comunista? Vocês estão loucos?” – reagiu Abraham Weintraub, o ex-ministro da Educação que fugiu do país com medo de ser preso. Ele atacou os ministros do Supremo Tribunal Federal taxando-os de “vagabundos”. Recomendou a Bolsonaro que os prendesse. Foi premiado com uma diretoria no Banco Mundial, em Washington.

A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), bolsonarista até o talo, acusou Olavo de desinformação. Ao jornal O Estado de S. Paulo Frederico d’Ávila (PSL-SP), deputado estadual, contemporizou: “Olavo está certo sobre 2022. Não podemos nos acomodar. Veja o Chile”. O Chile elegeu um presidente de esquerda.

Com desprezo, Bolsonaro chamou o presidente chileno Gabriel Boric de “um tal Boric”. Foi até delicado. No início do seu governo, chamou de feia a mulher do presidente francês, Emmanuel Macron. Com ele concordou Paulo Guedes, ministro da Economia. Olavo não liga para o que digam a seu respeito. Diverte-se.